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Amigos do Cinema exibe filme italiano ‘O Jantar’ nesta terça

O diretor italiano Federico Fellini costumava dizer que “la vita è una combinazione di pasta e magia”. Pois magia e pasta é o que nos oferece hoje a Associação dos Amigos do Cinema de Santa Cruz do Sul. Primeiro magia, com a exibição do filme O Jantar, de um outro diretor italiano famoso, o Ettore Scola. E depois a pasta, com um jantar preparado pelo chef italiano Nicola Borrielo. Tudo isso a partir das 19 horas, no auditório da sede do Sindicato dos Bancários (Sindibancários, na Rua Sete de Setembro, 489). Os convites custam R$ 40,00 e podem ser adquiridos na Casa das Cucas Waechter  (Rua Carlos Trein Filho, 670) ou na Borriello Pasta (Rua Marechal Deodoro, 981).

Scola manifesta mais uma vez a sua habilidade de trabalho em ambientes fechados e com temas pequenos. Tudo se passa no espaço de um restaurante que recebe seus clientes para a ceia. Nas mesas, a variedade meio caótica que compõe qualquer agrupamento humano. Há a mesa na qual uma mulher que está envelhecendo com dificuldade (Stefânia Sandrelli) conversa com a filha mocinha e descobre que esta deseja se tornar freira. 
Em outra, uma moça fogosa recebe seus vários namorados para uma explicação conjunta.

Um tipo solitário encontra companhia na pessoa de um charlatão. E outro solitário, um habitué do restaurante,  tudo observa, comenta e às vezes interfere na ação – Vittorio Gassman, neste seu último trabalho, está magnífico. O ator morreria pouco tempo depois das filmagens. O restaurante é comandado por sua dona, a atriz francesa Fanny Ardant, em sua maturidade sensual, que também participa do drama.

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As pessoas chegam, jantam, confraternizam ou brigam e, por meio delas, Scola traça o seu retrato da Itália da época. Ele mesmo dizia estar numa fase de transição. Não via motivos para otimismo, mas também não sentia por que ser excessivamente pessimista em relação ao seu país e o mundo. Ex-militante do Partido Comunista Italiano, o PCI, Scola fez sempre política no cinema. Embora a análise dos sentimentos pareça predominar em O Jantar, o quadro não é menos político – veja-se a oposição entre o salão e a cozinha. O próprio Scola ironiza. “Tudo é política, até o desenho mais inócuo da Disney.”

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