A maioria dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro já defende que o torneio volte a ser disputado com mata-mata, quando os times se enfrentam em jogos eliminatórios para definir o campeão. A fórmula que vigorou até 2002, teve muitas variações. Em dez edições que tiveram uma primeira fase de pontos corridos seguida de uma fase eliminatória – formato que os dirigentes defendem que volte a ser utilizado –  seis vezes o líder ao final da primeira etapa não foi o campeão ao término do torneio, aponta levantamento do Datafolha.

Em 1991, 1997, 1998 e 1999, os times que lideraram a primeira fase sagraram-se campeões ao final do Brasileiro. Foram eles São Paulo (1991), Vasco (1997) e Corinthians (1998 e 1999). Nas edições de 1990, 1992, 1996, 2000, 2001 e 2002, o time que liderou a primeira fase ficou sem o título de campeão. Os que “morreram na praia” foram Grêmio (1990), Vasco (1992), Cruzeiro (1996), Cruzeiro (2000), São Caetano (2001) e São Paulo (2002).

Os casos mais emblemáticos de campeões que passaram por apuros na primeira fase foram o Corinthians, em 1990, e o Santos, em 2002. Ambos os times foram para a fase de mata-mata na oitava colocação, a última entre os classificados, e posteriormente levaram o título.

Três times considerados “injustiçados” pelos defensores da fórmula atual do campeonato de pontos corridos foram Grêmio (1990), Cruzeiro (1996) e São Paulo (2002) que, a despeito de campanhas constantes ao longo de numerosas rodadas, foram eliminados nas quartas de final e deram adeus às competições. Dos três, o São Paulo teria sido o mais “injustiçado”: tinha cinco pontos de vantagem em relação ao segundo colocado, São Caetano, ao fim das 25 rodadas da primeira fase. Além disso, ao final do campeonato, o time teve 64% de aproveitamento. O campeão Santos terminou com 58%.