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Copa Libertadores

Com gols de cabeça, Inter bate o Santa Fe e está na semifinal da Libertadores

O Internacional enfrentou o Independiente Santa Fe no jogo de volta pelas quartas de final da Copa Libertadores no Beira-Rio, nesta quarta-feira, 27. Com a necessidade de vencer por dois gols de diferença, o time comandado por Diego Aguirre conseguiu reverter a derrota sofrida na ida e venceu por 2 a 0. Juan abriu o placar aos dois minutos do primeiro tempo e Mina – contra – definiu aos 43 minutos do segundo tempo. Na semifinal, o adversário será o Tigres. Os jogos acontecem no dias 15 e 22 de julho, após a Copa América. A ida acontece no Beira-Rio e a volta, em Monterrey, no México.

O técnico Diego Aguirre preferiu uma escalação com dois atacantes e deixou Valdívia no banco. Com Geferson na lateral-esquerda, Ernando voltou à zaga. Dida, Paulão, Nilton, Vitinho, Anderson, Taiberson e Luque ficaram fora por opção do treinador. Léo e Cláudio Winck ainda se recuperam de lesão muscular na coxa direita. Os torcedores recepcionaram a delegação no Beira-Rio com a famosa “Ruas de Fogo”. A expectativa era por 44 mil espectadores na noite chuvosa. O Inter, derrotado na Colômbia, precisava de dois gols de diferença para se classificar sem a necessidade dos pênaltis. Uma vitória simples com gol sofrido classificaria o time colombiano. Em 2006, o Inter reverteu contra a LDU nas quartas (venceu por 2 a 0 após ter perdido por 2 a 1 em Quito) e em 2010, diante do Banfield nas oitavas (derrota por 3 a 1 em Buenos Aires e triunfo em casa por 2 a 0 na volta).

O Independiente Santa Fe, eliminado no Campeonato Colombiano, apostava todas as fichas na Libertadores. O técnico argentino Gustavo Costas ficaria no clube somente com a classificação às semifinais. A única baixa era a de Luis Carlos Arias, que ainda não teria condições de jogo. A intenção da equipe seria fazer um gol nos primeiros minutos para forçar o Inter a ceder espaços. Jogar com inteligência e conforme o regulamento era o que pregava o elenco dos “Cardenales”. As bolas aéreas, com cruzamentos, faltas e escanteios, seguiria como principal arma. A melhor campanha do time na Libertadores foi em 2013, quando a equipe chegou à semifinal. Após eliminar Grêmio e Real Garcilaso, caiu para o Olímpia naquela ocasião.
 

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O Inter iniciou com um ritmo avassalador e chegou ao gol logo aos dois minutos. D’Alessandro cobrou escanteio da esquerda, Eduardo Sasha desviou de cabeça e Juan completou para o fundo da rede na pequena área, também de cabeça, no canto direito. Roa ainda saltou em cima da linha e não conseguiu afastar. Festa da torcida colorada no Beira-Rio. Alguns, inclusive, ainda se acomodavam em suas cadeiras. O Inter mantinha o controle e dominava a partida. A intensidade exigida por Diego Aguirre nos primeiros instantes surtiu efeito. Acuado, o Santa Fe se limitava a marcar e reduziu o impacto do revés. Aos 14 minutos, Eduardo Sasha sentiu dores musculares e precisou ser substituído por Valdívia. Os jogadores do Santa Fe cometiam faltas duras diantee arbitragem era conivente. Apesar da velocidade e pressão ofensiva, a ansiedade atrapalhava. O Inter já não tinha a mesma posse de bola e passava a ser agredido pelo adversário. 
 

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Juan abriu o placar aos dois minutos do primeiro tempo, em gol de cabeça
Foto: Alexandre Lops/Internacional

O Santa Fe criou uma boa oportunidade aos 27. Roa bateu cruzado da direita, a zaga afastou e a bola sobrou para Omar Pérez. O chute saiu forte, mas William cabeceou a bola na trajetória para evitar o perigo para Alisson. Aos 35 minutos, Alisson errou na reposição de bola e Roa tentou por cobertura. O goleiro tentou a ligação com o ataque e presenteou Seijas. O meia lançou para Morelo, que dividiu com Alisson. Os dois precisaram de atendimento após o choque. Era um momento de instabilidade no Inter. A equipe não conseguia reter a bola e um dos reflexos eram os recuos para Alisson. Aos 38, D’Alessandro bateu sobre a defesa, a bola sobrou para Valdívia e Mina aparecer para interceptar. Aos 42, D’Alessandro tentou passar por dois adversários na direita e ficou no chão. Revoltado por não receber a falta, discutiu com Mina e simulou uma agressão. O árbitro Victo Carrillo chegou para apaziguar e advertir ambos.
 

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Na volta para o segundo tempo, Rivera ingressou na vaga de Páez. O Inter criou uma boa oportunidade aos oito minutos. Valdívia foi acionado por Lisandro López e ganhou da defesa para arrematar. Castellanos espalmou e Mosquera chegou para afastar. O Inter valorizava a posse de bola e passava a pressionar em busca do gol necessário para garantir a vaga. Aos 10, D’Alessandro cruzou e a zaga cortou. O argentino tentou o chute colocado, a defesa afastou e Geferson bateu para fora. Aos 11, Lisandro López cruzou e a defesa afastou na pequena área. A intensidade levantou a torcida, que cantava efusivamente. Aos 12, Valdívia cobrou escanteio da esquerda e a defesa tirou novamente na pequena área. Aos 14, D’Alessandro levantou na área da direita e Mosquera quase marcou contra. O gol parecia questão de tempo. O árbitro expulsou o técnico Diego Aguirre aos 17, por invasão de campo.

Valdívia começava a se destacar, pelas arrancadas em que envolvia a marcação. Com isso, recebia faltas e provocava cartões dos adversários. Aos 21, ao ser derrubado por Anchico na meia esquerda, D’Alessandro cobrou falta no canto direito e Castellanos salvou. Aos 21, Mosquera recebeu o cartão vermelho por falta em Nilmar que avançava pela direita. Pelo choque, o atacante precisou ser substituído por Alex. Enquanto o Inter sufocava, a equipe colombiana tentava segurar na defesa e arrancar em contra-ataque quando possível. Aos 31 minutos, Castellanos salvou ao defender finalização de D’Alessandro quase na pequena área após passe de Valdívia. Perlaza entrou na vaga de Omar Pérez aos 34, para fortificar a marcação, na tentativa de neutralizar o ímpeto colorado. Aos 36, Valdívia cobrou escanteio, Juan cabeceou e Castellanos mandou para escanteio. Na sequência, Anchico foi expulso por falta em Valdívia na meia esquerda.
 


Festa colorada após o gol contra marcado por Mina nos minutos finais
Foto: Alexandre Lops/Internacional

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Para reforçar ainda mais a defesa, Otálvaro entrou na vaga de Morelo. Rafael Moura ingressou no posto de Geferson. Aos 38, Valdívia quase marcou de cabeça e depois em gol olímpico. A bola era teimosa e insistia em não entrar. Até que aconteceu aos 43 minutos, após ter empilhado bolas alçadas na área. D’Alessandro cobrou escanteio da direita e o zagueiro Mina desviou na pequena área para anotar contra, o 2 a 0 suficiente para que o Inter carimbasse a vaga. No contra-ataque, aos 44, Lisandro López ficou cara a cara com o goleiro e finalizou na trave direita. Na volta, concluiu à esquerda. Uma chance incrível para fechar o confronto com chave de ouro. O apito final foi o sinal de festa para os 44.665 torcedores, recorde de público após a remodelação do estádio. Após o encerramento, alguns jogadores do Santa Fe cercaram um dos assistentes e foram expulsos. Com as luzes apagadas, o Beira-Rio passou a ser iluminado apenas pela lanterna dos celulares, em uma homenagem à classificação. O Inter segue vivo na busca pelo tri da América.

FICHA TÉCNICA – COPA LIBERTADORES
QUARTAS DE FINAL – JOGO DE VOLTA
INTERNACIONAL 2 x 0 INDEPENDIENTE SANTA FE

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre
Data: 27 de maio de 2015, quarta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Victor Hugo Carrillo
Assistentes: Jonny Bossio e Victor Ráez (trio peruano)
Cartões amarelos: Geferson, Lisandro López e Aránguiz (Inter); Luis Páez, Mosquera, Omar Pérez, Anchico e Morelo (Santa Fe)
Cartões vermelhos: Mosquera, Anchico e Borja (Santa Fe)
Gols: Juan (Internacional) – 2min/1º e Mina [contra] (Internacional) – 43min/2º

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INTERNACIONAL: Alisson; William, Ernando, Juan e Géferson (Rafael Moura); Rodrigo Dourado, Aránguiz, D’Alessandro e Eduardo Sasha (Valdívia); Lisandro López e Nilmar (Alex)
Técnico: Diego Aguirre

SANTA FE: Castellanos; Anchico, Mina, Meza e Mosquera; Torres, Roa, Seijas e Omar Pérez (Perlaza); Morelo (Otálvaro) e Páez (Rivera)
Técnico: Gustavo Costas

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