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Rio Grande do Sul

Secretário de Segurança admite que parcelamento pode aumentar criminalidade

A reunião da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa (AL) contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, na manhã desta quinta-feira, 27. A intenção era que o representante da pasta apresentasse um quadro da segurança pública do Estado e respondesse perguntas de deputados estaduais e entidades de classe. 

No encontro, o secretário admitiu que o atraso no pagamento integral dos salários tem prejudicado a população gaúcha, especialmente no que diz respeito à segurança. “A gente sabe também que pode haver um aumento na criminalidade por conta do parcelamento. No momento que o parcelamento traz uma intranquilidade aos trabalhadores, naturalmente isso reflete na sociedade”, explicou. Ele comentou que compreende a paralisação dos servidores estaduais, mas ressaltou que serviçoes essenciais precisam ser mantidos. “Confio na responsabilidade do servidor em proteger a sociedade”, completou. 

Sobre as ações da pasta, Jacini explicou que a execução de planos está atrelado à realidade orçamentária e financeira do governo, mas destacou alguns projetos que estão sendo realizados. Ele comentou sobre os indicadores do Estado, que mostram queda do número de ocorrências de 9 dos 11 principais crimes no primeiro semestre deste ano. Apenas roubos em geral e roubos de veículos tiveram alta. Para ele, para diminuir os casos de furtos de veículos é preciso um combate à receptação, sobretudo contra os desmanches irregulares. “Temos mais de 1,5 mil desmanches irregulares no Rio Grande do Sul”, constatou. 

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Durante a reunião, o secretário ainda encaminhou aos deputados um ofício que trata de uma série de propostas de alterações legislativas em âmbito nacional para a discussão, como a garantia de financiamento da segurança pública pela União e mudanças na legislação penal. 

As entidades que representam categorias do setor e que estiveram na reunião criticaram o posicionamento de Jacini no encontro. Ao Correio do Povo, o presidente da Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS (Ugeirm), Isaac Ortiz, afirmou que o governo não tem uma política de segurança pública. “A gente não tem como evitar que a Polícia Civil não pare. Com uma previsão de salário de R$ 620, não tem como motivar os agentes a saírem pra trabalhar. Isso está causando uma revolta muito grande na área da segurança pública, com consequências imprevisíveis”, comentou Ortiz. 

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