Faltando menos de dois meses para o início do período em que serão definidas as chapas para a eleição municipal, a corrida pela Prefeitura de Santa Cruz, que já conta com cinco pré-candidatos, pode sofrer uma chacoalhada. Dois partidos que estiveram ao lado do prefeito Telmo Kirst (PP) nos últimos anos, PSDB e PMDB, estão cada vez mais perto de confirmar uma aliança que representaria o ingresso de uma nova via na disputa.
Tucanos e peemedebistas saíram entusiasmados de uma reunião na noite de terça-feira, na residência do ex-vereador Paulo Jucá. A confirmação da chapa está nas mãos do PSDB, que sofre pressão do PMDB. “Da nossa parte está fechado. Estamos aguardando uma posição deles”, diz o presidente do PMDB, Roberto Moura. Caso a nova via saia, a tendência é que o candidato a prefeito seja do PSDB. Além de Jucá, o ex-secretário de Saúde Carlos Behm e o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico César Cechinato também são cotados. O PMDB, que prefere preservar seus nomes mais fortes para a eleição da Câmara de Vereadores, indicaria o vice. “Nosso município não pode ficar refém de dois ditadores. A sociedade precisa ter o direito de escolher”, alega Behm.
Batalha de “Davi contra Golias”
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Os defensores da nova frente apostam no desgaste da histórica polarização entre PTB e PP, que se revezam no comando da Prefeitura desde o fim dos anos 1980. A avaliação é de que o cenário de aversão à política tradicional, em nível de País, pode favorecer a consolidação de uma alternativa. “A população tem mostrado sistematicamente essa indignação com a classe política, mas até agora ninguém teve a coragem de enfrentar a rivalidade histórica. Acabam se acomodando porque acham que não adianta, que não tem chance. O que nos favorece é que agora tem pessoas realmente dispostas a quebrar essa polarização”, relata um integrante do grupo. A frente conta com alguns trunfos, como por exemplo o tempo de TV, já que são dois dos maiores partidos do País.
A possibilidade, porém, ainda é vista com desconfiança por boa parte da comunidade política. Dentre as dificuldades apontadas, estão a falta de um nome considerado capaz de competir com o poderio de Sérgio Moraes e Telmo Kirst. Outro problema é a viabilidade financeira da campanha. Embora animados, os integrantes reconhecem entre si que será uma batalha de “Davi contra Golias”, nas palavras de um deles.
Arte: Fernando Barros
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ATUAIS PRÉ-CANDIDATOS
Telmo Kirst
Quem deve apoiar: PP, PDT, SD, PSD
Sérgio Moraes
Quem deve apoiar: PTB, PR, PTdoB
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Gerri Machado
Quem deve apoiar: PT, Rede
Fabiano Dupont
Quem deve apoiar: PSB, PEN, PHS, PMN, PSL
Afonso Schwengber
Quem deve apoiar: PSTU, PCB
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A POSSÍVEL NOVA VIA
Carlos Behm
César Cechinato
Paulo Jucá
Quem deve apoiar: PSDB e PMDB
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