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Santa Cruz

Max Shopping terá novo administrador

Após meses de especulações, a empresa Pró-Overseas, de Porto Alegre, confirmou nessa sexta-feira que está assumindo a administração do Max Shopping Center, em Santa Cruz do Sul. O estabelecimento foi inaugurado por empresários locais em 2009 e estava sob controle do conglomerado paulista M. Grupo desde 2013.

Rumores sobre o futuro da gestão do shopping circulavam entre lojistas que atuam no local e no setor empresarial desde o ano passado, quando o M. Grupo começou a perder o controle de vários empreendimentos pelo Estado, em função de dívidas. No caso do Max, uma decisão judicial do início de dezembro repassou a posse do prédio a um pool de credores. Com 5,5 mil metros quadrados, o prédio é localizado no Centro, com acesso pelas ruas Sete de Setembro e Borges de Medeiros.

Com a transferência, o shopping deve mudar de nome e receber novos investimentos. “É um novo negócio que está surgindo. Estamos começando do zero. O Max Shopping não existe mais, não estamos continuando ele”, disse um dos advogados dos novos proprietários, Ricardo Munarski Jobim.

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Contratada para assumir a gestão, a Pró-Overseas administra, dentre outros, o Shopping Total, em Porto Alegre. “Nós pretendemos aportar recursos no empreendimento para fazê-lo revitalizar-se na relação comercial com a cidade”, disse o proprietário da empresa, Eduardo Oltramari.

O M. Grupo foi procurado nessa sexta-feira em sua sede em Porto Alegre para comentar a situação do Max, mas uma funcionária alegou que a pessoa que responde pela empresa não estava.

ENTENDA

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  • O M. Grupo assumiu o Max Shopping em 2013. Para bancar o negócio, captou recursos junto a fundos de investidores e entregou o prédio do shopping como garantia – a chamada alienação fiduciária – em junho de 2014.
  • A dívida, porém, não foi paga. Diante disso, os credores, representados pela empresa Ápice Securitizadora, com sede em São Paulo, tiveram a propriedade do imóvel consolidada em agosto do ano passado, conforme consta no Registro de Imóveis. Entre setembro e outubro, o imóvel foi levado a leilão, junto a outros três empreendimentos do M. Grupo – o Aldeia Praia Shopping (em Xangri-Lá), o Shopping Bento Gonçalves e o Bagé City Hotel. O leilão, porém, não atraiu interessados.
  • No início de dezembro, a Ápice ingressou com uma ação de reintegração de posse, com pedido de liminar. A liminar foi concedida no dia 2 pela juíza Letícia Bernardes da Silva, da 3ª Vara Cível do Fórum de Santa Cruz. 
  • A Pró-Overseas foi contratada para a gestão do shopping, que deve mudar de nome. Com sede em Porto Alegre, a empresa tem em seu portfólio, dentre outros, o Shopping Total, um dos maiores da Capital, e empreendimentos em Novo Hamburgo e Rio Grande.

M. Grupo sofre sucessivas derrotas

Mergulhado em profunda crise financeira, o M. Grupo vem perdendo o controle de vários empreendimentos. No final de fevereiro, o grupo foi afastado pela Justiça da administração do Shopping Gravataí, que havia sido inaugurado em 2013. A situação é tão grave que o fornecimento de energia elétrica havia sido suspenso por falta de pagamento, e o empreendimento funcionava por meio de geradores. A empresa Pró-Overseas foi nomeada pela Justiça para assumir a gestão do local.

Um dia depois, decisão semelhante foi tomada em relação ao Shopping Lajeado, que havia sido comprado pelo M. Grupo em 2012. Nesse caso, a gestão foi transferida para uma empresa local, a Resolve Condomínios. No ano passado, o M. Grupo também perdeu o controle de três empreendimentos imobiliários, sendo dois em Porto Alegre e um em Gravataí.

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