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Santa Cruz

Sindicância investiga se servidores incitaram manifestação

A Prefeitura de Santa Cruz abriu sindicância para investigar o suposto envolvimento de servidores municipais em um protesto ocorrido no primeiro semestre deste ano contra a transferência de endereço do Centro de Atenção Psicossocial (Caps II). A suspeita é de que funcionários tenham incitado o movimento.

A manifestação ocorreu no dia 3 de maio e foi convocada após a Prefeitura anunciar que, como forma de reduzir despesas com aluguel, levaria o serviço – que desde setembro do ano passado funciona na Rua Venâncio Aires – para uma residência na Rua João Werlang, no Bairro Belvedere, em local considerado de difícil acesso para usuários e familiares. Na ocasião, um grupo fez uma caminhada silenciosa até o Palacinho. A mudança acabou descartada porque as negociações com a proprietária do imóvel não evoluíram. Atualmente, o governo não tem mais planos de transferir o serviço.

A sindicância investigatória foi aberta a pedido da Secretaria de Saúde, que teria recebido informações de que funcionários do Município estimularam o ato. “Soubemos, na época, que haveria servidores envolvidos, por isso passamos o assunto adiante”, alegou a secretária Renice Vaccari. O procedimento, porém, foi instaurado apenas na semana passada pela Comissão Permanente de Processos Administrativos e Sindicâncias e deve ser concluído na segunda quinzena de dezembro.

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Em um primeiro momento, a investigação não envolve nenhum servidor em específico – a denúncia, no entanto, dizia a respeito a funcionários do próprio Caps. Se durante a apuração for constatado que houve alguma irregularidade, podem ser abertos processos disciplinares. “O que vamos apurar é se algum agente municipal errou, ou seja, se houve alguma influência nessas manifestações ou se foram um ato espontâneo. Se houve influência, é ilegal, porque o servidor não pode incentivar protestos contra a administração pública”, disse o secretário de Administração, Vanir Ramos de Azevedo.

Nas próximas semanas, a comissão vai ouvir testemunhas. Se não for constatada nenhuma irregularidade, o procedimento será arquivado. 

Sindicato diz que não foi acionado

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Procurado ontem à tarde, o vice-presidente do Sindicato dos Funcionários Municipais (Sinfum), Alexandre Paulus, disse que o assunto não chegou à entidade. “Não fomos procurados, mas estamos à disposição dos servidores e, se tiverem razão, vamos apoiá-los”, disse.

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