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Data para destacar um recurso indispensável

O solo é um dos recursos naturais mais importantes para a qualidade de vida do homem. Tem múltiplas funções nos ciclos dos nutrientes da natureza, no ciclo da água e também é importante para a sustentabilidade dos sistemas naturais, como as florestas e campos. Além disso, é fundamental na produção agrícola. Usá-lo de forma correta e consciente tem grande influência sobre a biodiversidade, atuando diretamente na preservação e manutenção da fauna e flora. Isso possibilita que espécies sejam preservadas para as próximas gerações, assim como a água, recurso vital para a sobrevivência humana.

Quando desprotegido, ou seja, sem uma cobertura vegetal, fica diretamente exposto às forças erosivas que ocasionam o assoreamento, as enchentes e até o desaparecimento de riachos e rios. Por isso, também é imprescindível a preservação das matas ciliares que protegem essas correntes de água e são igualmente reconhecidas como de grande importância para a biodiversidade pelos tipos de plantas, animais e microrganismos que a constituem.

A natureza leva entre 200 e 400 anos para formar uma camada de apenas um centímetro de solo. Mas o mau uso e manejo inadequado provocam a sua degradação por erosão hídrica numa taxa muito maior que sua formação, principalmente em regiões subtropicais e tropicais úmidas como as brasileiras.

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A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que 33% dos solos do mundo estão degradados, principalmente por erosão, compactação e contaminação. Por ser um recurso extremamente essencial, torna-se indispensável um conjunto de princípios e técnicas agrícolas para o manejo correto das terras cultiváveis, evitando a erosão em todas as suas formas. Assim, é possível aproveitar ao máximo a terra por unidade de área plantada, sem que se provoque a degradação física, química e biológica do solo.

Técnicas de conservação do solo

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É sabido que as boas práticas de manejo e conservação do solo apresentam eficiência na redução dos problemas agrícolas e ambientais, como erosão, empobrecimento da camada superficial e contaminação da água. Com um bom monitoramento é possível estimular sistemas conservacionistas, como cultivo mínimo e plantio direto, proteger as nascentes dos rios e preservar as matas ciliares, além de melhorar a qualidade biológica da terra.

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Entre as principais técnicas de conservação estão controle de queimadas, calagem, adubação (orgânica e verde), aumento da produção vegetal e adequação da cultura ao tipo de solo. E também práticas vegetativas com alternância de capinas, cobertura morta, rotação de culturas, formação e manejo de pastagem, florestamento e reflorestamento, quebra-ventos, cordão de vegetação permanente, recomposição de matas ciliares, cultivo em faixas e consórcio de culturas. Técnicas como o preparo de solo, cultivo mínimo, plantio direto, plantio em nível, terraceamento, irrigação e drenagem igualmente são importantes. Veja mais informações sobre algumas delas:

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Cultivo mínimo – Consiste em revolver o solo o mínimo possível, preservando parte da sua superfície com resíduos da cultura anterior ou dos cultivos de cobertura, com o objetivo de diminuir os riscos de erosão.

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Plantio direto – O plantio direto na palha é a técnica de cultivo mais eficiente na redução da erosão. Consiste em plantar com o mínimo de revolvimento do solo, preservando os resíduos (palhada) da biomassa oriunda da cobertura implantada ou da cultura anterior sobre a sua superfície. Além do aspecto conservacionista, propicia redução no uso de combustíveis fósseis, redução na mão de obra de preparação e aumento da rentabilidade do produtor mediante redução de custos e aumento da produtividade. É uma técnica largamente utilizada no Brasil e também na cultura do tabaco.

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Preservação da mata ciliar – A mata ciliar, localizada no entorno de nascentes e junto às margens dos córregos e rios, é protegida pela legislação e proporciona inúmeros benefícios ao meio ambiente e ao homem. Ela serve de refúgio e fonte de alimento para a fauna silvestre, auxilia na infiltração das águas das chuvas no solo, controla a erosão e também contribui para a manutenção dos mananciais de água.

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Plantio em nível – É uma prática de cultivo que também contribui para reduzir a erosão do solo agrícola. O plantio em nível funciona como barreira ao escoamento da água da chuva, reduzindo a sua velocidade e seu potencial erosivo.

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Presença de cordões vegetados e terraços – Assim como no plantio em nível, os cordões vegetados e terraços atuam como obstáculos, retardando a velocidade da água e proporcionando mais tempo para que ela possa infiltrar-se no solo.

A data

Celebrado nesta quarta-feira, 15 de abril, o Dia Nacional da Conservação do Solo foi instituído em homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett (15/04/1881 – 07/07/1960), considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos e o primeiro responsável pelo Serviço de Conservação de Solos daquele país.

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No Brasil, a data foi criada por meio da lei 7.876 em 13 de novembro de 1989, por iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o objetivo de aprofundar os debates sobre a importância do solo como fator básico da produção agropecuária e a necessidade de seu uso e manejo sustentáveis.

A erosão é um dos mais preocupantes problemas ambientais, pois pode levar à perdas de solo e de sua capacidade produtiva. Além disso, resulta no aporte de sedimentos nos rios, causando assoreamento e contaminação dos recursos hídricos e a degradação dos ecossistemas como um todo, ficando associada a questões ambientais, sociais e econômicas.

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