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MEMÓRIA

A Gazeta esteve lá: na colônia alemã de Juiz de Fora (MG)

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

Um panorama de Juiz de Fora a partir do mirante | Foto: Inor Assmann

A imigração alemã oficial no Brasil aproxima-se de dois séculos, em 2024, a partir da chegada dos primeiros colonizadores à atual São Leopoldo, em 25 de julho de 1824. Da mesma forma, Santa Cruz do Sul acaba de celebrar a passagem dos 170 anos da imigração alemã com a chegada das primeiras famílias em dezembro de 1849. Mas, a exemplo do que ocorreu no Sul do Brasil, a presença alemã é uma constante em outras regiões, como o Sudeste. São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo seguem mantendo identidade com essa cultura.

E o mesmo vale para Minas Gerais, que registrou dois movimentos de imigração, o principal para Juiz de Fora, em continuidade à fixação de alemães na região serrana do Rio de Janeiro, e outro mais ao norte, em Teófilo Otoni, este identificado com a colonização na área serrana do Espírito Santo.

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Em virtude de um projeto alusivo aos 180 anos da imigração alemã no Brasil, desenvolvido às vésperas de 2004, a Gazeta visitou as comunidades de descendentes em Minas Gerais. O jornalista Romar Rudolfo Beling, então editor na Editora Gazeta, e o fotógrafo Inor Assmann viajaram a Juiz de Fora, e ali consultaram arquivos históricos e entrevistaram moradores, muitos deles vinculados à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) na cidade.

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Arquitetura tem características da imigração | Foto: Inor Assmann/Banco de Imagens

Juiz de Fora começou a receber famílias de alemães a partir do esforço de construção da estrada imperial ligando a sede do Império, o Rio de Janeiro, às Minas Gerais, para facilitar o contato e o escoamento das riquezas. Muitos alemães colaboraram na construção da estrada entre Petrópolis, na Serra fluminente, e Juiz de Fora, distantes cerca de 120 quilômetros.

Um agenciador de trabalhadores para a estrada, o engenheiro Halferth, atraiu muitos germânicos para Minas Gerais, que ali se fixaram em bairros específicos. Ainda hoje, nessa cidade, a cerca de 280 quilômetros da capital mineira, Belo Horizonte, e com população superior a 570 mil habitantes, os bairros Borboleta e São Pedro concentram muitas famílias de descendentes de alemães, que inclusive seguem falando em alemão e preservam tradições e costumes.

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Na paisagem urbana dessas áreas de Juiz de Fora, as altas chaminés de empresas tradicionais de famílias alemãs se destacam. E, da mesma forma, o visitante depara-se com prédios de igrejas luteranas, que congregam as famílias de descendência alemã.

No Borboleta funciona inclusive uma Associação Cultural Recreativa Brasil-Alemanha, com grupo de dança folclórica, o Schmetterling (borboleta, em alemão). E todos os anos, em geral em setembro, acontece igualmente a festa alemã, com danças, comidas e bebidas típicas. Assim, até mesmo em meio aos mineiros, com sua cultura e suas tradições tão peculiares, o elemento alemão marcou presença e foi determinante para o desenvolvimento.

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