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Capital estrangeiro

Industrialização da segunda metade do século 20 conectou a cidade ao mundo todo

Antiga Estação Rodoviária, que ficava na Rua Tenente Coronel Brito, em área central

O ingresso no período posterior ao primeiro século de colonização se deu com a elaboração de uma quarta planta da cidade, apenas 16 anos após a terceira planta, revelando um ritmo de expansão vertiginoso. Em paralelo, em 1959, diante da projeção que a Catedral dera ao município, era implantada a Diocese de Santa Cruz, com a nomeação do primeiro bispo, Dom Alberto Etges. E em 1961 era criado o novo aeroporto regional, em Linha Santa Cruz, justamente na Alte Pikade, marco zero da colonização.

E, finalmente, o fermento máximo: a concretização, em 1964, dos primeiros cursos de ensino superior, com a criação da Associação Pró-Ensino de Santa Cruz (Apesc), atual mantenedora da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em simultâneo, aproximava-se o grande boom da industrialização, com muitos empreendimentos de capital estrangeiro na produção do tabaco, bem como a criação de outros setores.

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Com esse fortalecimento, a pujança industrial se impôs. Em 1965 foi concluído o processo de urbanização do antigo logradouro público e a construção do pórtico e pavilhões para a Festa Nacional do Fumo (Fenaf), cuja primeira edição foi efetivamente realizada no ano seguinte. Na década de 1970, o capital estrangeiro ingressou em fluxo muito elevado, com a desnacionalização das indústrias fumageiras locais, como recorda o professor e arquiteto Ronaldo Wink, autor do livro Santa Cruz do Sul: urbanização e desenvolvimento.

E chegavam outras melhorias em infraestrutura, logística e comunicações: em 1971 foi instalada a primeira central de discagem telefônica a distância do interior do Estado, e dois anos depois era concretizado o asfaltamento da RSC-287, entre Montenegro e Santa Cruz, que agilizou os deslocamentos rumo à Capital.

No mesmo ano foi implantado o Distrito Industrial, hoje canteiro de empresas de todos os segmentos. Ainda na década de 1970, implantou-se o primeiro Plano Diretor de Desenvolvimento Social e Urbano do município, com a concentração regional, a partir de 1980, de entidades e órgãos públicos estaduais e nacionais na cidade.

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Século 20: perspectiva da rua do Centro, nas imediações da praça, com a nova igreja católica em construção

A partir da década de 1980, uma série de melhorias em infraestrutura urbana foram introduzidas, a exemplo da Avenida do Imigrante, da inauguração da nova Estação Rodoviária, junto à BR-471; a inauguração do novo campus da Fisc, atual campus da Unisc; e a realização da 1ª Oktoberfest, em 1984, substituindo a Fenaf. Em 1987 foi inaugurado oficialmente o Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz, no prédio da antiga Estação Férrea.

Se os anos 1980 foram os das obras na paisagem urbana, a década de 1990 foi marcada pelas fortes fusões entre grandes companhias de beneficiamento e exportação de tabaco, além da inauguração do Ginásio Poliesportivo, em 1992 (que vivenciou a conquista nacional da Pitt/Corinthians no basquete em 1994); a implantação da Unisc em 1993; a expansão territorial urbana com a anexação de área próxima ao Distrito Industrial, antes pertencente a Rio Pardo, em 1994; o calçadão da Rua Marechal Floriano em 1994; e a instalação da nova usina de beneficiamento de tabaco da Souza Cruz, considerada a maior do mundo, em 1996.

No mesmo ano ainda foi inaugurado o Parque da Cruz, seguido da inauguração do Shopping Marco do Imigranthe (hoje Shopping Santa Cruz) e do segundo Plano Diretor do município. Estava criado o ambiente para a chegada aos anos 2000.

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Desde os primórdios, comercialização de tabaco sempre movimentava a rotina na área urbana em Santa Cruz

Efervescente em pleno século 21

Santa Cruz do Sul ingressou no século 21 sintonizada com os grandes movimentos de modernização, bem como fortemente apoiada na inabalável cadeia produtiva do tabaco. Em 2001, a cidade ganhou uma obra de forte impacto: o reservatório de água do Lago Dourado, novamente conectada com a preocupação do início do século anterior, quando fora implantada a hidráulica no Parque da Gruta. Em 2005, mais um empreendimento de projeção: o Autódromo Internacional. E a partir de 2010 houve a forte expansão urbana para as áreas sul, leste e norte da cidade, com a implantação de novos bairros e condomínios fechados de alto padrão.

Houve ainda a instalação da nova estação de tratamento de esgoto no Bairro Santuário, a concretização do viaduto Fritz e Frida, sobre a RSC-287, em 2018; o terceiro Plano Diretor de Desenvolvimento Social e Urbano do município, em 201; e os projetos em desenvolvimento em 2020, como a extensão do calçadão da Rua Marechal Floriano, em obras, e o parque turístico e de lazer que nasce no entorno do Lago Dourado. É Santa Cruz do Sul, inspirada no passado, construindo o seu futuro.

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