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NO AUGE DA COLHEITA

FOTOS: produção de pêssegos deve chegar a oito toneladas em Santa Cruz

Foto: Rafaelly Machado

Apesar dos problemas climáticos – chuva na hora errada e incidência de geada na floração, o que afetou a produtividade e a qualidade da fruta em diversas lavouras do Rio Grande do Sul –, o extensionista da Emater/RS-Ascar, Vilson Piton, explica que a produção no município está variada

A colheita de pêssego, que teve início em outubro e se estende até a primeira semana de dezembro no Rio Grande do Sul, ganha ritmo nos próximos dias. Em Santa Cruz do Sul, onde os pomares da fruta ocupam 4,5 hectares, com apenas sete produtores que se dedicam ao cultivo, a expectativa da Emater/ RS-Ascar é de que a produção seja igual à do ano passado – oito toneladas. Somente na propriedade de Célio Rusch, de 54 anos, em Cerro Alegre Alto, onde são cultivadas as variedades douradão, macel e granada, a projeção é colher 4,5 toneladas da fruta.

Na manhã de terça-feira, 10, Rusch fez a segunda colheita do ano, e está contente com a produção (400 quilos) e a qualidade da fruta. “Este ano o clima favoreceu minha plantação. Em algumas regiões, os produtores não tiveram a mesma sorte, mas nós teremos uma boa produção. Será melhor que a do ano passado, quando colhemos apenas duas toneladas”, disse. Dos 6,5 hectares da propriedade, o produtor destina dois hectares à plantação de pêssegos – são 500 pessegueiros. Também há plantação de goiabas, com 300 pés da variedade taluna. Atualmente, encontram-se no período da floração.

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Célio Rusch destina dois hectares da propriedade para os pêssegos | Fotos: Rafaelly Machado

O plantio das árvores frutíferas começou em 2004 na propriedade onde ele reside com a mãe, Diva Erondina Rusch, de 84 anos. Primeiro foram as goiabeiras e, na sequência, para a diversificação da atividade, os pessegueiros. “Já plantei tabaco e fui vendedor de erva-mate. Nesta época, comecei a me interessar pela fruticultura. Fui aprendendo um pouco aqui, um pouco ali, e tocando a propriedade”, afirma. A produção de Rusch atende às exigências de rastreabilidade do Sebrae/ RS, que tem regras específicas e o acompanhamento de todo o manejo. As frutas são vendidas nas feiras rurais e nos supermercados de Santa Cruz do Sul e também na Cooperativa Regional de Alimentos Santa Cruz (Coopersanta), ao preço médio de R$ 5,00 quilo.

Apesar dos problemas climáticos – chuva na hora errada e incidência de geada na floração, o que afetou a produtividade e a qualidade da fruta em diversas lavouras do Rio Grande do Sul –, o extensionista da Emater/RS-Ascar, Vilson Piton, explica que a produção no município está variada. “Em São Martinho, por exemplo, a geada não trouxe prejuízos tão significativos quanto em algumas propriedades em Cerro Alegre, onde a fruta não se desenvolveu e teve quebra significativa por causa das oscilações climáticas. Aqueles pessegueiros que, no ano passado, estavam carregados em algumas propriedades, neste ano terão uma produção menor”, afirma.

Cuidados garantiram qualidade da safra
A qualidade dos pêssegos produzidos, Rusch atribui aos cuidados e à forma de manejo. “Eu faço a poda, que é uma prática muito importante para ventilação da planta, para a intensificação da coloração da fruta e que ajuda também a aumentar o sabor. Utilizo composto orgânico e não químico. Além disso, faço o tratamento preventivo para evitar as pragas e doenças somente com produtos que possuem registro, observando sempre a carência, o que é fundamental”, explica.

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