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Efeito pandemia

Um verão sem visitantes uruguaios e argentinos

Foto: Lula Helfer

Sobram vagas nas pousadas de Pantano Grande, especialmente nos fins de semana

Pela primeira vez em 21 anos de atividades, a Pousada Killian, às margens da BR-290, em Pantano Grande, não tem sotaque castelhano nos corredores. Aos fins de semana, sotaque nenhum. A ocupação dos quartos tem sido de segunda a quinta-feira, período em que colaboradores de empresas que cruzam pela rodovia pernoitam no local.

“Era para estarmos com 100% da ocupação dos quartos em um dia como hoje”, diz Rosane Killian. Ela explica que várias pousadas de temporada em Pantano Grande acabaram encerrando a atividade porque não recebem mais os turistas da Argentina e do Uruguai, que formavam a principal clientela no período de férias de verão. “Há uma determinação nos dois países que fechou as fronteiras terrestres. Pelo menos até o fim deste mês, ninguém sai de lá de carro. Se sair, não volta”, justifica.

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A empresária informa que, para manter o negócio ativo, conta com parcerias construídas há mais de duas décadas. Muitas empresas que transportam tanto para a Fronteira quanto para o Sul passam pela Pousada Killian, que para alguns roteiros fica na metade do caminho a percorrer. “Temos clientes que são certos, se hospedam sempre conosco, porque somos um ponto de descanso no meio da longa estrada.”

A família de Rosane também é proprietária da tradicional Raabelândia, o restaurante que faz o melhor pastel da BR-290. “Não sou eu quem diz isso, a imprensa nos deu este título”, se defende a empresária. Na Raabelândia, as restrições de horário de funcionamento e o fechamento do bufê reduziram a oferta de produtos aos clientes, que também estão em menor número.

Rosane fala que não há uma estatística da redução de acessos, pois o estabelecimento é ponto de parada para quem viaja pela BR-290. Observa que, com ou sem pandemia, o consumidor tem aparecido. “E o pastel segue fazendo sucesso, é o nosso carro-chefe desde a década de 1960”, complementa.

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