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Santa Cruz

Comércio se adapta, mas já sente os impactos da bandeira preta

Foto: Rafaelly Machado

O comércio varejista não essencial de Santa Cruz do Sul precisou pensar em alternativas para continuar vendendo. Desde a comercialização pelo WhatsApp até a compra realizada por telefone, para manter os negócios ativos sem promover aglomerações nas lojas, empresários criam estratégias, mas contabilizam redução. Entidade que representa o setor prevê dificuldade em caso de novos fechamentos e manutenção das regras da bandeira preta.

Há quase um ano a equipe de O Agenciador, revenda de automóveis de Santa Cruz do Sul, muda procedimentos e tenta melhorar a experiência do cliente com os canais eletrônicos de venda. O proprietário, Fabrício Fidencio, revela que tem conseguido manter a atividade, com entregas, vendas e até pagamentos online. “Fizemos adaptações para melhorar nosso atendimento pelos canais digitais e, mesmo de portas fechadas, estamos mantendo a atividade”, conta.

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Na Mega Loja da Afubra, no Centro, a situação também é parecida. A gerente Nádia Rohr diz que apenas a seção de tintas e de produtos agrícolas pode abrir e receber clientes. Segundo ela, o restante da loja está isolado, com baixa atividade de venda. “Estamos conseguindo manter parte do atendimento. Não é nem parecido a quando a loja está aberta, mas os clientes estão nos acionando, algumas vezes, para pedir informações, apenas.” Além da loja do Centro, a filial do Bairro Ana Nery tem fechado negócios por meio da telentrega.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul (Sindilojas), Mauro Spode, avalia com cautela o momento. Para ele, o fechamento – desde o lockdown iniciado na noite de sexta-feira até a manutenção das regras da bandeira preta nesta semana – é necessário, dada a quantidade de casos ativos e lotação de hospitais em toda a região. “A informação que temos é de que os números de internações ainda não têm caído e isso nos preocupa, tanto na área da saúde quanto para o funcionamento das empresas”, comenta.

Spode afirma que muitos empreendimentos ainda não conseguiram implementar as ferramentas de venda digital e que um fechamento prolongado será prejudicial. “Tudo indica que não haverá mudança na situação para a próxima semana, o que nos coloca um quadro preocupante para os próximos dias”, antecipa o dirigente.

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Clima era de domingo nas ruas do Centro ontem. Estabelecimentos do comércio não essencial devem ficar de portas fechadas | Foto: Rafaelly Machado

Apreensão
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Sul, Ricardo Bartz, observa que é inegável que o estado em que os hospitais se encontram, no cenário de superlotação, exige um esforço conjunto de toda a sociedade. “Nesse ponto, apoiamos o poder público, que age para o bem da comunidade”, frisa.

Porém, Bartz diz que uma interrupção no faturamento tão longa, superior a sete dias, no caso do lockdown seguido da bandeira preta, prejudica muito o faturamento das empresas. “A entidade tem recebido muitas queixas e reclamações de empresários, pois quem está autorizado a funcionar como comércio essencial acaba comercializando outros produtos também.”

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Segundo o dirigente, a CDL Santa Cruz irá realizar uma pesquisa para medir o impacto provocado tanto pelo lockdown quanto pela semana de bandeira preta. “Sabemos que no sábado passado era fim de mês, poucas pessoas teriam como fazer compras. Mas no próximo será outra realidade e isso nos preocupa”, complementa.

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