Muitos técnicos foram derrubados durante a semana no Campeonato Brasileiro. As diretorias costumam ser implacáveis diante da irregularidade das equipes, mas normalmente são elas próprias a origem de todos os problemas. Administrações mal planejadas e conduzidas formam elencos precários ou, quando não é o caso, geram desânimo, descompromisso e apatia em jogadores e mesmo comissões técnicas.

O resultado é o insucesso e aí vem a necessidade de mudança no meio da jornada, que começa a ser toda refeita com os novos profissionais, porém já muito atrasada em relação à caminhada dos concorrentes. A instabilidade espanta apoiadores, e uma situação financeira igualmente precária só piora as coisas. Se o “pojeto” não vingou até a esta altura da temporada, o melhor a fazer é já pensar no próximo. E de preferência bem pensado, evitando a repetição dos erros.

Ataque no Serra
Guto Ferreira formatou o Inter para ser mais ofensivo no Estádio Serra Dourada, que terá arquibancadas vazias neste sábado por conta de uma punição sofrida pelo Vila Nova. Sem o volante Edenilson, que está suspenso, o treinador coloca um atacante a mais no Inter, com Diego pela esquerda – Pottker corre pela direita e Nico López atua mais centralizado. D’Alessandro deve ficar mais solto, tramando com Dourado e Winck por um lado e Gutiérrez e Uendel pelo outro, a partir do meio-campo.

A ideia é marcar o Vila antes da metade da cancha e agredir em bloco quando estiver com a bola. Nada que o Inter já não tenha experimentado na temporada. O plano pode dar certo ser a turma for a campo acordada e com intensidade. Ao Colorado tem faltado provocação, desafio, cobrança para ser contundente, um serviço que cabe não apenas à comissão técnica como também, e principalmente, a quem administra o clube.

Seca e espera
Os tricolores gaúchos serão cariocas no jogo do Corinthians contra o Fluminense no domingo. Se der certo a secação, o jogo contra o São Paulo na segunda será de soltar faíscas. Bom fim de semana.