Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Fumicultura

Produtores de tabaco questionam mudanças nas negociações com o setor industrial

A comercialização da safra 2024/2025 do tabaco aproxima-se dos 90%. O andamento está dentro do previsto, mas houve um revés nos últimos dias. Essa situação foi apontada pelos produtores e motivou nota da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Em grupos de mensagens, ganhou eco o debate sobre eventual mudança na aplicação de valores adotados pelas empresas. O que vinha sendo acertado com a classificação de melhor qualidade, a BO1, passou a ter avaliação mais criteriosa. Com isso, o valor pago pelo produto diminuiu. 

Essa situação levou um dos produtores a creditar a alteração à reunião realizada entre as entidades representativas. Esse encontro ocorreu no início do mês de junho. E, em virtude disso, a Afubra publicou nota em que afirma ter ocorrido encontro com as federações que atuam na cadeia produtiva nos três estados do Sul. 

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Classificação do tabaco em propriedades coloca Sistema Integrado em risco

O que diz a Afubra

De acordo com o texto da entidade, a pauta da reunião foi o andamento da comercialização da safra de tabaco 2024/2025. “Em momento algum foi discutida ou sugerida qualquer ação por parte das empresas no sentido de desvalorizar o produto ou reduzir os preços pagos aos produtores integrados”, destaca a nota.

Além disso, aponta a preocupação com a ausência de uma remuneração justa por parte de algumas empresas. Acrescenta que tabelas de preços encontram-se defasadas em relação à realidade do mercado.

Publicidade

Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o presidente da Afubra, Marcílio Drescher confirmou que foi percebido bom desempenho das lavouras aumentando a produção. Essa situação teve como consequências a diminuição do valor médio. “Mas quem tem boa qualidade e produção terá boa remuneração”, concluiu. 

LEIA TAMBÉM: Calendário de plantio do tabaco passa a ser tema de conscientização

Posicionamento do Sinditabaco

“O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) é participante do Fórum Nacional de Integração (FONIAGRO) da Cadeia Produtiva do Tabaco, instituído em 2016, a partir da publicação da Lei da Integração (Lei 13.288/2016). O FONIAGRO tem por objetivo definir diretrizes para o acompanhamento e desenvolvimento do sistema de integração e de promover o fortalecimento das relações entre o produtor integrado e o integrador. Também fazem parte do FONIAGRO do Tabaco as Federações de Agricultura dos três Estados do Sul do Brasil (FARSUL, FAESC e FAEP), as Federações dos Trabalhadores na Agricultura (FETAG, FETAESC e FETAEP), a Afubra e empresas associadas ao SindiTabaco. A atuação do sindicato dentro do FONIAGRO tem relação estrita a aspectos que envolvam o fortalecimento do Sistema Integrado de Produção – SIPT, como as recentes campanhas de conscientização sobre o uso de sementes certificadas, adoção do calendário de plantio e práticas que visam garantir a qualidade e integridade do tabaco brasileiro.  A definição do preço do tabaco é negociada diretamente pelas empresas, de forma individual, junto com a representação dos produtores, dentro da Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (CADEC), a qual o SindiTabaco não participa. Já a classificação do tabaco é regida pela Instrução Normativa nº 10, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), publicada no Diário Oficial da União em 16.04.2007 e republicada em 17.04.2007. Além disso, seguindo orientação da Secretaria de Direito Econômico e do Conselho Administrativo da Defesa Econômica (CADE), o SindiTabaco não se envolve com as questões relacionadas ao preço, comercialização e classificação do tabaco, e não possui ingerência sobre as práticas que as empresas associadas adotam. Entendemos que a comercialização pode ser afetada pela demanda global e pela disponibilidade do produto, motivo pelo qual o Sistema Integrado de Produção de Tabaco é de fundamental relevância e seu fortalecimento tem sido um dos principais focos do SindiTabaco, uma vez que possibilita um fornecimento regular (para as empresas), a garantia de compra de toda a produção contratada (para os produtores) e a sustentabilidade da cadeia produtiva.”

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Lula pede que Macron “abra seu coração” para acordo com Mercosul

Sobre supersafra

A nota da Afubra reforça que a entidade nunca anunciou a ocorrência de uma supersafra. O que foi divulgado, desde o início, são estimativas de produção que, até o momento, vêm se confirmando.

VEJA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS NO PORTAL GAZ

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.