O mundo árabe, ou a região que se denomina de Oriente Médio, que, grosso modo, se estende do Egito ao Paquistão, e talvez um tanto além, tem sido conflituosa e conflituada ao longo de séculos. Atritos e ataques entre nações, povos e grupos étnicos costumam ser uma constantes. No período mais recente, um fato específico multiplicou de vez as tensões regionais: o ataque impetrado pelo grupo armado Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, e que deixou cerca de 1.200 mortos. A reação de Israel foi imediata, no sentido de atacar a Faixa de Gaza, enclave palestino às margens do Mediterrâneo a partir do qual o Hamas se movimentava.
LEIA TAMBÉM: Como a língua portuguesa molda todo o nosso ser
Desde então, diante dos sucessivos bombardeios e das missões armadas israelenses, Gaza praticamente foi arrasada, e a vida de milhões de civis foi duramente afetada. Se no noticiário costuma-se ter descrições erráticas, meros flashes do que por lá ocorreu e ocorre, uma jornalista portuguesa, Alexandra Lucas Coelho, decidiu levar mais a sério o que se esperaria de um verdadeiro repórter. Seus diversos livros são leitura obrigatória para todos.
Publicidade
A partir de várias idas a esse território, e das investigações às quais se dedicou tão logo o conflito se estabeleceu, há quase dois anos, ela sintetiza no volume Gaza está em toda parte, agora lançado pela editora Bazar do Tempo, em 400 páginas, a R$ 118,00, o que viu e as conclusões que disso pôde tirar. E ela sintetiza, em grande medida, seu ponto de vista sobre a gravidade e a intensidade das operações israelenses em uma só palavra: genocídio.
LEIA MAIS TEXTOS DE ROMAR BELING
Publicidade