A safra de grãos no Brasil se encerra com uma produtividade estimada em 350,2 milhões de toneladas, número considerado recorde pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o ciclo 2024/2025 dentro da série histórica. A produção de soja e arroz superou as projeções iniciais da colheita.

Os dados foram divulgados pela Conab nesta quinta-feira, 11, e fazem parte do 12º levantamento da da Companhia Nacional. O volume total obtido neste ciclo representa uma alta de 16,3% em relação à temporada anterior, equivalente a um incremento de 49,1 milhões de toneladas. Os principais responsáveis pelo aumento foram milho, soja, arroz e algodão, que juntos somaram cerca de 47 milhões de toneladas desse crescimento.

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Apesar dos bons resultados nacionais, o Rio Grande do Sul, que tem a soja como principal produto cultivado no setor de grãos, apresentou a menor produtividade do país nesta safra, com 2.342 quilos por hectare. Segundo a Conab, isso se deve às altas temperaturas e irregularidades nas chuvas registradas entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025.

No cenário nacional, a produção de soja chegou a 171,5 milhões de toneladas, aumento de 20,2 milhões de toneladas sobre a safra anterior, resultado do crescimento da área plantada e da melhoria da produtividade média das lavouras. A maior produtividade foi registrada em Goiás.

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Por outro lado, o Rio Grande do Sul se destacou na produção de arroz. A área semeada cresceu 9,8% nesta safra, e as condições climáticas favoráveis à colheita impulsionaram a produção nacional, que alcançou 12,8 milhões de toneladas, um aumento de 20,6% em relação à safra 2023/24.

Outros grãos

A Conab indica que a produtividade média nacional do milho, considerando as três safras do grão, atingiu um recorde de 6.391 quilos por hectare no ciclo 2024/2025. Com isso, a produção total está projetada em 139,7 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 20,9% em relação à safra 2023/2024 e marca a maior colheita já registrada para o produto.

O algodão também deve alcançar números inéditos, com a produção de pluma estimada em 4,1 milhões de toneladas, alta de 9,7% sobre a temporada anterior. O crescimento se deve ao aumento de 7,3% na área semeada, aliado a condições climáticas favoráveis. Até o final de agosto, 72,8% da área já havia sido colhida, enquanto os restantes 27,2% ainda estavam em maturação.

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Para o feijão, a expectativa da Conab é de uma produção de aproximadamente 3,1 milhões de toneladas, somando as três safras do grão, garantindo o abastecimento interno do país.

Entre as culturas de inverno, o trigo se destaca. A semeadura foi concluída em todo o território nacional, mas a área plantada apresentou queda de 19,9%, totalizando 2,4 milhões de hectares nesta safra. Apesar disso, a produtividade tende a se recuperar, passando de 2.579 quilos por hectare em 2024 para 3.077 quilos por hectare neste ano. Mesmo com o aumento da produtividade, a produção total está estimada em 7,5 milhões de toneladas, uma redução de 4,5% em comparação com a safra anterior.

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