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DA TERRA E DA GENTE

A violência banalizada

A violência choca a todos, mas precisamos convir, ao fazermos rigorosos exames de consciência, que nossos pensamentos e procedimentos a respeito, não poucas vezes, tornam-se coniventes com tais situações, contradizendo a nossa indignação. Reações agressivas a qualquer contrariedade enfrentada, o que se mostra muito comum a toda hora, no dia a dia de nossas vidas, são bem a expressão desta realidade.

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Ser proibido de estacionar veículo em lugar onde existe essa determinação, a todo instante, como tenho assistido, é origem de xingamentos exagerados e grosserias que facilmente podem avançar para ações mais incisivas. E isso se vê em vários outros momentos do trânsito, onde a agressividade anda solta.
O futebol, por outro lado, nos mostra de forma reiterada a manifestação de reações desmedidas a qualquer situação da qual alguém não gostou. E assim ocorre em vários ambientes, sem ser necessário falar nos extremismos das invasões e mortes em escolas, que ultrapassam qualquer sentido de compreensão.

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E, por falar em invasões e futebol, vemos também com facilidade estádios sendo invadidos por torcedores tresloucados, semeando violência. Na mesma linha, voltamos a ouvir falar novamente de incremento das ocupações de propriedades, onde, sem avaliar questões de justiça e mérito, há de se convir que tais iniciativas facilmente descambam em desfechos lamentáveis.

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De outro lado, causa espanto e apreensão o fato de ouvir às vezes tentativas de justificação do uso de violência contra atos oficiais considerados injustos, até por pessoas com formação humanista, religiosa e musical. Quando se chega a esse ponto, diante de tantas provas de avanço e descontrole de atos violentos, é preciso chamar atenção e olhar mais para dentro de nós mesmos, e assim tentar ver onde estamos errando.

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Está mais do que na hora de reavaliarmos nossas atitudes, sob pena de que a violência se banalize cada vez mais e venhamos a regredir como seres humanos, em vez de uma natural evolução. Não é possível que nos deixemos dominar pelo que temos de pior, pelo lado malévolo que nos acompanha, mas que precisamos controlar, a partir dos próprios pensamentos e ideias. É necessário fazermos um esforço para rechaçar sentimentos de ódio e vingança, desde o nascedouro, para que não tenham chances de vicejar e gerar danosas e irrecuperáveis consequências.

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O que vemos por aí, bem perto de nós ou mesmo dentro de nós, nos convoca a sermos mais proativos como cultores da paz, de maior tolerância e respeito, de menos radicalismo e agressividade, nos mais diversos meios em que vivemos. É preciso refletir e agir nesse sentido, começando por pensar bem antes de reagir, para que possamos ter uma convivência mais agradável e feliz. Nesta direção, mostra-se indispensável evitar e controlar situações de estresse, de confronto, de imposição de opiniões e poder, que tanto nos perseguem.

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Podemos, certamente, mostrar mais disposição para ceder, compreender divergências e superar diferenças, sem agressão. Enfim, conseguir de fato dar mais valor a exemplos que nos são renovados em ocasiões como a Páscoa recém-celebrada, lembrando que somos seres feitos para o amor e não para o ódio.

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