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DA TERRA E DA GENTE

A voz das urnas

Na condição de quem já atuou diretamente no campo político, mesmo distante há mais de uma década, é irresistível a manifestação de algumas avaliações no fecho de mais uma eleição, de interesse direto da população local, o pleito municipal. Como sempre gosto de ressaltar aspectos positivos, eis que eles não faltam na apreciação de posicionamentos e resultados desse evento em nosso município-polo e na região.

Ao acompanhar de perto a ampla e forte cobertura das diversas plataformas de comunicação da Gazeta, falando de forma genérica, sem especificar nomes, permito-me observar declarações ouvidas da voz do povo e dos próprios candidatos. Uma delas colocava em ênfase a valorização da experiência tanto política como administrativa, o que deixava claro que, apesar de muitos desdenharem a política, esta precisa ser feita com constância e persistência para ser frutífera.

Neste contexto, é de se saudar o surgimento de novos nomes e grupos de perfil diferenciado, mas não parece conveniente desconsiderar pessoas e agremiações que se dedicam há tempo à atividade política, pois só quem já esteve diretamente e por um bom período a ela vinculado sabe como é sacrificada. Assim, entendo que precisa receber maior compreensão da sociedade e participação saudável, com que todos saem ganhando.

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Outro aspecto que se evidenciou foi um clima de maior camaradagem entre os candidatos, expresso inclusive nas manifestações dos que não venceram nas eleições locais. Felizmente, exceto pelo que se ouviu falar das redes sociais (das quais por sorte não faço parte), houve menos espaço ou valor dedicado à agressividade. Até a conhecida e exagerada polarização nacional, acertadamente, foi deixada de lado, para focar o que interessava: o que a comunidade queria ouvir.

A busca por uma união em prol dos interesses comunitários após a eleição, da mesma forma, foi enfocada em mais municípios da região, o que demonstra maturidade política. Foi interessante ouvir também alguém dizer que a população prestigiou mais quem esteve presente sempre na vida das pessoas, diminuindo a força do poder econômico, o que espero muito acontecer, pois essa interferência anômala foi uma das razões pelas quais me distanciei da vida política e que caracterizava (e na verdade descaracterizava) a atividade em tempos de pré-Lava-Jato.

É inequívoco que são pessoas que atuam na política, e todo ser humano é cheio de falhas, o que precisa ser compreendido. O que não se pode admitir são excessos e reincidências, e nesse sentido parece que os exemplos municipais próximos e ora expostos soam altissonantes e, quiçá, possam seguir como referência, de tal modo que se caminhe cada vez menos no campo das dissidências e sempre mais no cultivo do bom senso, da aproximação e das questões que de fato interessam para a maioria da população. A voz das urnas trouxe também essa mensagem e faço votos de que seja ouvida e cada vez mais absorvida.

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