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Academia de Letras de Santa Cruz se manifesta em defesa do livro, da literatura e do direito à leitura

o avesso da pele

Criticado pela diretora da Ernesto Alves de Oliveira, livro premiado gerou manifestações | Foto: Divulgação / Redes Sociais

Ainda não parece próxima de deixar as rodas de conversa a polêmica envolvendo o livro O avesso da pele, de Jeferson Tenório, em Santa Cruz do Sul. Na semana passada, a diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves, Janaína Venzon, utilizou as redes sociais para criticar o vocabulário utilizado pelo autor, além de informar que, em virtude disso, os exemplares seriam retirados do educandário. Desde então, opiniões favoráveis e contrárias à obra vieram à tona.

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Nesta sexta-feira, 8, foi a vez de a Academia de Letras de Santa Cruz do Sul se manifestar a respeito do assunto. Em nota assinada por todos os membros, a entidade se coloca “em defesa do livro, da literatura e do direito de cada pessoa à leitura”. Veja a nota na íntegra:

“A Academia de Letras de Santa Cruz do Sul, em nome de todos os seus integrantes, e diante da polêmica criada em torno do livro “O avesso da pele”, do escritor Jeferson Tenório, vem a público manifestar sua defesa incondicional do livro, da literatura e do direito de cada pessoa à leitura. Que a produção literária seja preservada e prestigiada, assim como a integridade física, moral e intelectual dos autores, em todas as suas manifestações e em todos os estilos e gêneros. Que a sociedade se una em torno do propósito de zelar pelo direito individual ao amplo saber, à liberdade de pensamento, à diversidade, ao bem-estar físico e mental e ao conhecimento.
A Academia conclama a sociedade santa-cruzense a unir-se em prol da defesa da cultura e da arte, bem como da elevação e da preservação da imagem cultural e artística do município, consideradas patrimônio de todos, inviabilizando sua apropriação por parte de alguns. Que a sociedade se responsabilize por cuidar, incentivar e proteger a produção artística local, regional, brasileira e universal, além de promover a literatura de todas as épocas e extrações, contribuindo para sua plena acolhida nas escolas, nas instituições públicas e privadas e nos lares. Que pessoas de todas as idades tenham preservado seu direito inalienável à fruição literária e às demais formas de arte (música, artes plásticas, cinema, teatro, dança etc), sem qualquer forma de restrição (respeitadas as indicações de idade), impedimento ou ideologização do gosto. O foco da literatura, das artes, é e deve ser a inclusão, jamais a exclusão.
Por fim, a Academia defende a literatura e a leitura como bens supremos, universais, de cada indivíduo, em seu direito de buscar, obter e fruir conhecimento, aprimorando a formação humana e profissional, através dos livros e de todas as formas de arte, conforme seu próprio interesse.
Santa Cruz do Sul, 8 de março de 2024
Academia de Letras de Santa Cruz do Sul
Membros:
Benno Bernardo Kist
Marli Silveira
Demétrio de Azeredo Soster
Mauro Klafke
Dogival Duarte
Mauro de Souza Ulrich
Édison Botelho
Moina Mary Fairon Rech
Elenor José Schneider
Osvino Toillier
Flávio René Kothe
Romar Rudolfo Beling
Gil Kipper
Ronaldo Wink
José Alberto Wenzel
Roni Ferreira Nunes
Léla Mayer
Valesca de Assis
Leonardo Andriolo
Valquíria Ayres Garcia
Lissi Bender”

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