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arborização urbana

Análise técnica aponta que “associação de fatores” causou queda de tipuana em frente ao Palacinho

Foto: Rosemar Santos

Tipuana caiu na manhã do dia 14 de julho

Minimizar os riscos de possíveis quedas de galhos e árvores sobre a via pública e manter preservado o que há décadas é considerado um dos maiores patrimônios da comunidade santa-cruzense: o túnel verde. Foi com essa proposta que representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), Secretaria Municipal de Governança e Relações Institucionais (Segovri), Procuradoria Geral do Município (PGM), Câmara de Vereadores, Ministério Público (MP), Sindilojas Vale do Rio Pardo, Sociedade de Engenheiros e Arquitetos (Seasc), RGE, Afubra e Conselho Municipal do Meio Ambiente se reuniram nesta terça-feira, 2, e abriram o diálogo em torno do tema polêmico -principalmente, após a recente queda de uma árvore no calçadão da Marechal Floriano, entre as ruas Sete de Setembro e Borges de Medeiros.

O encontro iniciou com a explanação da bióloga da Semass, Daiane Geiger, sobre o trabalho permanente de monitoramento dos 181 exemplares de tipuanas que constituem o chamado túnel verde, corredor de árvores compreendido entre as ruas Senador Pinheiro Machado e Borges de Medeiros. Além de aspectos relacionados à legislação vigente, ela apresentou as diferentes ações empregadas no monitoramento do corredor e como são feitos os registros das avaliações fitossanitárias, além de ações programadas e possíveis soluções para mitigar riscos.

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Durante a reunião, diversas ideias foram elencadas pelas entidades e deverão ser colocadas em prática. “Vamos aumentar e melhorar o monitoramento das árvores, seja através da compra de equipamentos de imagem ou da contratação de empresas prestadoras de serviços de escaneamento de caule e raízes”, afirmou o secretário municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Jaques Eisenberger.

Também estão previstas a formação de um grupo de trabalho, com a participação de representantes das entidades para discutir toda a arborização urbana do município, e ações para ampliar as estratégias de comunicação, a fim de que a população possa acompanhar os trabalhos, reduzindo mitos e a desinformação que, na visão geral dos participantes, vem gerando polêmica em torno do assunto.

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Após o tombamento da tipuana na quadra em frente ao Palacinho, o MP instaurou um procedimento administrativo e vem acompanhando o monitoramento do corredor de tipuanas de perto. No entendimento do promotor de defesa comunitária, Erico Barin, não há controvérsia entre os órgãos públicos sobre a manutenção do túnel verde. “Essa polêmica de supressão e substituição das árvores tem origem no desconhecimento sobre o assunto. Precisamos investir ainda mais em um trabalho de monitoramento que já vem sendo bem feito pela secretaria, mas sempre em prol da manutenção deste, que é um patrimônio de Santa Cruz do Sul”, disse.

Ele sugeriu que haja mais ações de comunicação para que a população tenha ciência do que está sendo feito e também recomendou reforços na parte operacional, com uso de tecnologia, para que se possa aferir melhor a saúde das árvores e minimizar riscos à população e ao patrimônio público e privado.

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Na mesma linha de pensamento, o vice-presidente do Sindilojas, Moacyr Rocha, manifestou que a entidade se sentiu prestigiada com o convite feito pela prefeitura para participar da reunião e convidou a Semass para uma aproximação maior com o comércio, para pensarem juntos de que forma o sindicato pode colaborar. “O túnel, que é uma marca da nossa cidade, precisa ser muito bem cuidado. Nós que visamos o turismo como chave mestra para nossos negócios, precisamos estar inseridos nessas discussões”, disse. Já o representante da Seasc, arquiteto urbanista Mário Luiz Dummer, comentou que a reunião convergiu de forma positiva. “Chegamos à conclusão de que precisamos dedicar tempo, material humano e tecnologia para manter esse nosso patrimônio paisagístico e cultural”.

Queda de tipuana teve como causa inúmeros fatores

De acordo com a apuração dos técnicos da Semass, a queda de uma tipuana no dia 14 de julho não foi causada por um único fator, mas por uma associação deles. Contribuíram para o incidente o corte de algumas raízes durante a obra de construção do calçadão, a ocorrência de chuva e vento na noite anterior ao episódio, o peso da copa e o fato da tipuana não estar em formação de túnel, mas isolada, desempenhando função corta vento.

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Conforme o secretário da pasta, Jaques Eisenberger, o diálogo com as entidades vai continuar através da formação de um grupo específico para tratar da arborização urbana. Nos próximos dias, uma reunião com o Sindilojas será realizada para que a prefeitura apresente os resultados dos monitoramentos feitos. “É importante que os lojistas fiquem sabendo o que é feito em relação a essas árvores que muitas vezes são prejudiciais aos prédios mas que também devem permanecer pelo fato de atraírem turistas e, consequentemente, fomentar a compra e desenvolver a economia do nosso município”, disse.

Jaques falou ainda que a queda da árvore sobre a principal via da cidade causou surpresa, medo e insegurança na população e é justamente essa sensação que se quer diminuir. “O túnel verde, além dos aspectos ambiental e paisagístico tem também um aspecto econômico a ser levado em consideração. Muitas vezes a gente acaba sendo questionado pela população sobre a sua manutenção ou não, mas vamos sim mantê-lo saudável, forte e com as árvores em bom estado sanitário. Não serei eu o secretário que vai terminar com o túnel verde”.

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A tipuana que tombou, de acordo com a legislação, não está dentro dos limites considerados para o túnel verde, que vai da Rua Senador Pinheiro Machado até a Rua Borges de Medeiros. Na Marechal Floriano existem mais de 300 tipuanas, porém cincunscritas ao túnel são 181 exemplares.

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