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OPINIÃO

Apoios serão decisivos no segundo round

Foto: Alencar da Rosa

Pedro Garcia é o editor de política da Gazeta do Sul

A vantagem folgada de Onyx Lorenzoni na eleição gaúcha só não surpreendeu mais do que a dificuldade enfrentada por Eduardo Leite para garantir seu lugar no segundo turno. Ao que tudo indica, o resultado inesperado se explica por movimentos bruscos na reta final da campanha, alinhados ao que ocorria na disputa presidencial. Onyx e Edegar Pretto cresceram atrelados à consolidação da polarização entre Lula e Bolsonaro e das mobilizações em torno de uma possível vitória do petista em primeiro turno.

O tucano, além de ter sido alvo preferencial de praticamente todos os adversários nos debates, não ofereceu palanque para nenhum dos dois principais presidenciáveis. Não se pode descartar, no entanto, uma segunda explicação: uma falha grave das pesquisas de intenção de voto que custará aos institutos em credibilidade perante a população.

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Independentemente dos motivos, o certo é que não se pode falar em eleição ganha por enquanto. Onyx sai com vantagem, sim, mas pode encontrar menos campo para crescer no segundo turno. Os votos de candidatos conservadores, os quais deve herdar com relativa facilidade, são limitados – Heinze, por exemplo, também alinhado a Bolsonaro, fez menos de 5%.

Já Leite pode avançar com mais facilidade sobre os votos da esquerda, sobretudo os do PT. Embora seja rejeitado pelo eleitorado petista e também tenha travado fortes embates com Pretto até agora, é esperado que a esquerda prefira o tucano a Onyx, como forma de frear a onda bolsonarista. Esse movimento pode ser mais ou menos intenso se o PT formalizar um apoio a Leite, o que ainda não é certo e pode depender, por exemplo, de Leite ter que oferecer palanque a Lula, o que sacrificaria a estratégia de apresentar-se como alternativa à polarização. Os próximos dias serão decisivos para a linha que o PSDB adotará.

Seja como for, a tendência é de um enfrentamento tão duro quanto o visto até agora. Onyx deve manter a postura combativa e se associar ainda mais a Jair Bolsonaro, embalado pelo bom desempenho do presidente no primeiro turno. Por sua vez, Leite será obrigado a subir o tom, até agora moderado.

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