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OPINIÃO

As finanças no pós-eleição

No último domingo, 30, anunciados o novo presidente do Brasil e governadores de alguns estados remanescentes, que tomarão posse em 1º de janeiro de 2023, parecia que o processo eleitoral de 2022 estaria encerrado. Entretanto, um grupo de eleitores não se conformou e iniciou movimentos antidemocráticos e inconstitucionais, querendo promover por aqui o “Capitólio tupiniquim”.

Milhares de pessoas bloquearam estradas e fizeram atos em frente aos quartéis, exibindo cartazes em que pediam a aplicação do artigo 142 da Constituição Federal do Brasil. O curioso é que esse artigo prevê a atuação das Forças Armadas, por iniciativa de qualquer poder constitucional – Executivo, Legislativo ou Judiciário -, para garantir a lei e a ordem, em situações de riscos da segurança pública. Significa que o referido artigo poderia ter sido usado contra essas pessoas que, na verdade, colocavam em risco a segurança pública, prejudicando o livre ir e vir dos cidadãos e impondo à sociedade prejuízos de toda ordem – econômicos, financeiros, sociais, pessoais, de saúde etc.

Aqui em Santa Cruz do Sul, impediram o trânsito normal no trecho da rua do 7º BIB para que os antidemocratas promovessem suas manifestações inconstitucionais. Centenas, talvez milhares de cidadãos tiveram que utilizar desvios, definidos por autoridades policiais, a serviço não de uma comunidade, mas de um grupo, inconformado com o resultado da eleição.

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Independente do resultado das eleições, principalmente a de presidente do país, o que agradou uma parte da população e deixou triste – e até revoltada – outra, e ainda pode redundar em reviravoltas, as pessoas precisam tocar a vida. Já convivemos com tantos presidentes e os de mais idade até com ditadores, e o que isso mudou em nossa vida financeira?

Talvez alguma coisa ou outra, mas nenhum deles botou um prato de comida em nossa mesa, que foi suprido com o ganho de nosso trabalho. Por isso, o resultado de uma eleição não pode interferir em nossa motivação de melhorar nossas finanças. Essas dependem mais do que cada um fizer individualmente do que de qualquer governante.

Mesmo diante da recuperação econômica e do aumento do emprego, o Banco Central avalia que a capacidade de pagamento dos tomadores de crédito piorou. A renda das famílias é cada vez mais comprometida com dívidas mais onerosas, como o cartão de crédito e crédito não consignado. O crédito não consignado que compreende operações de maior risco, como financiamento de veículos e cheques especiais, continua crescendo.

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Além disso, poucos meses antes da eleição, praticamente na boca da urna, o governo do presidente Bolsonaro tomou uma série de medidas que aumentaram gastos públicos e reduziram receita. Entre elas, estão o aumento do valor do Auxílio Brasil, o benefício a caminhoneiros e taxistas, o corte de tributos sobre combustíveis, a ampliação do vale-gás e limitação da taxa de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Economistas dizem que a fatura desse “pacote de bondades” pré-eleição terá que ser paga a partir de 2023. Expectativas mais pessimistas preveem, por exemplo, a desaceleração da economia e arrecadação mais fraca, com inevitável influência nos negócios das empresas e nos empregos. Ante esse quadro de instabilidade política e incerteza econômica é hora de manter a tranquilidade e, principalmente, a esperança de que independente de quem assumir o comando da presidência do Brasil, a partir de 1º de janeiro do próximo ano, será melhor do que o temos hoje.

Já o comando financeiro pessoal ou familiar é de responsabilidade de cada um, com o planejamento dos menos de dois meses que restam deste ano e, também, dos próximos meses do novo ano que já desponta por aí. Fazer um planejamento financeiro pressupõe lidar com números pessoais e familiares, independente de quem seja o presidente atual ou futuro do país. A base do planejamento é ter um diagnóstico financeiro que se consegue anotando, durante um período de 30 dias, todos os pagamentos efetuados. Com esses números em mãos, fazer os ajustes necessários que podem exigir a redução, a substituição ou eliminação de itens. Então, planejar-se para os menos de dois meses do ano e para os 12 meses do ano seguinte.

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