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DA TERRA E DA GENTE

As mazelas do tempo

A vida e o tempo andam juntos e interferem um no outro a todo momento. Não por acaso falamos do tempo o tempo todo. Falamos do tempo que se revela na idade, do tempo que se manifesta no dia a dia e da previsão que sobre ele se faz a toda hora. E raramente lhe fazemos a referência positiva, mas sobretudo a crítica sobre as mazelas que apresenta e desgostos que causa.

Quando somos novos, queremos ser mais velhos. Quando ficamos mais velhos, gostaríamos de ser mais novos. Porém, como já dizia o filósofo Cícero, alguns anos antes de Cristo, “a natureza dota cada idade de qualidades próprias”, mencionando, por exemplo, o ímpeto dos jovens e a maturidade da velhice, e identificando-as como “coisas naturais que devemos apreciar cada uma em seu tempo”.

Se o tempo apresenta temperaturas muito elevadas, reclamamos; se são muito baixas, também. Se está muito seco, clamamos por chuva; se chove muito, sofremos. Mas a vida ensina que precisamos nos adaptar ao tempo e conviver com seus excessos da melhor maneira que der e buscando a prevenção que for possível adotar.

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Em tempo que se mostrou novamente mais rigoroso há poucos dias em nosso meio, com chuvas torrenciais e seus estragos, a questão vem à tona e nos faz pensar. As mudanças climáticas, ora em ênfase, são novamente lembradas e ai de quem eventualmente fizer algum questionamento a respeito (será sufocado pelo politicamente correto). Mas ninguém há de discordar de que medidas preventivas sempre devem ser adotadas.

Nesta cota, entra sem dúvida a necessidade de se manter os canais de escoamento bem limpos (com o velho alerta renovado de neles não se jogar lixo, ou não deixar resíduos dispersos nas ruas, atitudes em que ainda se precisa evoluir bastante, assim como na sua separação, pois, mesmo com recipientes específicos para lixo orgânico, vê-se continuarem muitas misturas). A projeção e a realização de obras estruturais de saneamento, no mesmo sentido, são prioritárias.

Para tanto, basta lembrar a gigantesca canalização de arroio feita há algum tempo sob a Rua Assis Brasil, que, mesmo com o volume extraordinário de chuva do dia 28 de janeiro, evitou maiores problemas, como disse quem tem negócio no local. Assim, se outras realizações desta natureza não tivessem sido feitas em outros tempos e pontos, por certo os efeitos poderiam ter sido ainda mais sérios. Assim que o anúncio de novos estudos de projetos e obras nesta área, mesmo porque não são tão vistosos politicamente, devem ser saudados com louvor.

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E, falando em obras e tempo, não há como não se referir à sua duração, onde temos o típico caso da modernização da nossa rua principal, que já teve rompimento de contrato pela demora verificada. Agora, a torcida é de que se encontre licitação adequada para que a execução ocorra em tempo mais curto (inclusive com previsão de horas de trabalho estendidas e mais trabalhadores), diante da relevância da obra, numa área referencial da cidade e, por isso mesmo, de grande fluxo.

Enfim, prevenir-nos em que for possível quanto aos efeitos do tempo e conseguir aproveitar da melhor maneira o tempo que está ao nosso dispor fazem parte da sabedoria da vida, cuja busca é preciso renovar a cada dia.

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