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INCLUSÃO

Aspede luta para manter o basquete sobre rodas

Referência na modalidade, entidade de Santa Cruz do Sul representa o Centro do Estado em competições nacionais

A Associação Santa-Cruzense de Pessoas com Deficiência Física (Aspede) inicia em janeiro sua participação na campanha Troco Solidário do Via Atacadista, como forma de mobilizar a comunidade e garantir a continuidade de um trabalho que vai além do esporte. Sem fins lucrativos, a entidade atua há quase três décadas na promoção da inclusão de pessoas com deficiência física, sobretudo por meio do paradesporto, com destaque para o basquete em cadeira de rodas, além da defesa de direitos e participação em conselhos, comissões e debates. Hoje, é a principal referência regional no esporte adaptado e representa o Centro do Estado em competições nacionais.

Atualmente, a equipe de basquete sobre rodas conta com 11 atletas, embora três estejam afastados por questões de saúde. O presidente da associação, Alisson Geller, explica que manter a estrutura necessária para o funcionamento da entidade tem se tornado cada vez mais difícil.

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Entre os principais desafios estão os custos com manutenção das cadeiras de rodas utilizadas tanto nos treinos e competições quanto nos empréstimos feitos à comunidade, além da necessidade de um espaço físico que abrigue a sede da associação e uma quadra adequada para a preparação da equipe para os campeonatos de 2026.

A rotina de uma equipe de basquete em cadeira de rodas envolve uma série de despesas permanentes. As cadeiras esportivas, feitas sob medida para cada atleta, exigem consertos frequentes em rodas, eixos e estrutura, além da substituição de cintas, cintos de fixação e adaptações específicas para evitar lesões. Somam-se a isso a compra de uniformes de treino, de competição e passeio e a contratação de comissão técnica com treinador formado em Educação Física, preparador físico e fisioterapeuta, além de custos com transporte, combustível, alimentação e estada em campeonatos estaduais e nacionais.

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Em alguns momentos, segundo Geller, a falta de recursos quase levou ao cancelamento de viagens. “Como a Aspede é uma associação que sobrevive de doações e projetos, muitas vezes por falta de recursos e apoio público, contamos com familiares e amigos para participar de competições”, relata.

É nesse contexto que surge a parceria com o Via Atacadista. A campanha do Troco Solidário foi viabilizada após contato com a gerência da rede e aprovação da documentação da associação, permitindo que a unidade de Santa Cruz incluísse a Aspede na iniciativa. Os valores arrecadados serão destinados principalmente a despesas ligadas às competições de basquete em cadeira de rodas, em níveis local, regional, estadual e nacional, além de contribuir para etapas da construção do futuro Complexo Esportivo Adaptado da entidade.

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Há risco de interrupção do trabalho

Para Alisson Geller, o impacto da campanha vai muito além do valor individual doado. “Consideramos o troco solidário valioso, pois todas as pequenas ajudas somadas vão auxiliar a manter a associação em funcionamento”, destaca. Reforça que cada contribuição feita no caixa do supermercado, por menor que seja, ganha força quando somada às demais e pode representar a diferença entre manter ou não as atividades da associação. Sem esse apoio, alerta, há risco real de interrupção tanto do trabalho assistencial – com o empréstimo de cadeiras de rodas, cadeiras de banho, muletas e andadores – quanto do basquete sobre rodas, que hoje é o principal símbolo da entidade.

Fundada em junho de 1997, a Aspede projeta ampliar sua atuação no futuro, com a oferta de outras modalidades adaptadas, como vôlei sentado, bocha e tênis de mesa. Para isso, reforça a importância de conquistar um espaço físico acessível e humanizado. Geller frisa que o basquete em cadeira de rodas tem transformado a vida de atletas e familias, promovendo ganhos físicos, emocionais e sociais, além de prevenir o isolamento e fortalecer laços de convivência. Em meio às dificuldades, ele resume o sentimento que move a entidade ao definir a Aspede como uma grande família, construída com esforço, resistência e orgulho.

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