A nova maneira de comprar
Antes da pandemia, muita gente decidia o que levar só depois de entrar na loja. Hoje a jornada começa na palma da mão. O cliente vê avaliações, assiste vídeos curtos e pergunta no grupo de amigos antes mesmo de sair de casa. Quando chega ao ponto de venda, ele já sabe o que quer, quanto custa em outros lugares e quais benefícios espera.
Além da pesquisa, o consumidor moderno valoriza conveniência. Ele quer pagar rápido, escolher entre retirar na hora ou receber em casa e ter um caminho simples para trocar ou devolver se algo não der certo. Se este processo exige paciência extra, ele desiste e parte para a concorrência em poucos toques.
Outro fator que ganhou peso é a sensação de segurança e afinidade com os valores da marca. Lojas que cuidam da higiene, apresentam informações claras sobre origem dos produtos e mostram responsabilidade social transmitem confiança. Isso fideliza mesmo quando o preço não é o mais baixo.
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Por fim, para esse cliente não existe mais divisão entre “loja física” e “loja on-line”. Ele espera ver o mesmo preço, falar com a mesma equipe pelo WhatsApp e escolher o ponto de contato que melhor cabe no seu dia. Quem oferece essa experiência contínua cria vantagem imediata.
Em resumo, o consumidor mudou porque tem mais informação, menos tempo e novas prioridades. Entender esse cenário é o primeiro passo para repensar como vender de forma moderna e eficiente.
Investindo certo no marketing digital
Quando as portas das lojas fecharam na pandemia, a vitrine mudou de endereço. Ela passou para a tela do celular e continua lá. Diminuir o investimento online hoje equivale a apagar as luzes da fachada em plena tarde de sábado.
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A presença deve estar onde o cliente desliza o dedo. Reserve a maior parte da verba para campanhas em redes sociais, Google e marketplaces populares. Mesmo com orçamento enxuto é possível começar destinando 70% ao tráfego pago e 30% à produção de conteúdo.
Escolha primeiro o canal que seu público mais usa. Moda feminina engaja forte no Instagram. Produtos para casa rendem bons resultados no Facebook. Tendências jovens ganham tração no TikTok. No Google esteja pronto para quem pesquisa “perto de mim” e quer resolver rápido.
Conte uma história em vez de apenas mostrar preço. Mostre o produto em uso, relate um caso de sucesso e ative emoções como segurança, alegria e praticidade. Use chamadas curtas e imagens nítidas. Emoção vende.
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Otimize para ser encontrado. No site ou na página do marketplace escreva termos que o cliente digita. “Vestido vermelho para festa” funciona melhor do que “vestido soirée rubi”. Crie títulos diretos, descrições claras e fotos que exibem o item de vários ângulos. Mudanças simples elevam seu lugar no Google sem custo extra.
Meça tudo e ajuste rápido. Reserve meia hora por semana para abrir o relatório de anúncios. Descubra quais criativos trouxeram mais visitas e quais geraram vendas reais. Pause o que não funciona e reinvista no que apresenta resultado. Cada real volta mais forte e o crescimento deixa de depender da sorte.
Ao colocar mais verba no digital, seguindo esses ajustes pontuais, a loja deixa de torcer para o cliente aparecer e passa a oferecer a solução onde ele já está. Isso acelera resultados e cria vantagem sobre quem ainda confia apenas em folhetos de papel.
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Experiência de compra dentro da loja
Entrar na loja precisa parecer o começo de uma história boa, não uma simples visita. O primeiro passo é o layout que guia o cliente. Coloque os produtos de maior procura logo na frente para gerar atração imediata e posicione itens de impulso próximo ao caixa. Use iluminação focada em lançamentos ou ofertas para chamar atenção sem precisar de placas chamativas.
Depois vem o papel da equipe vendedora. Cada pessoa deve dominar duas ações básicas: fazer uma pergunta aberta que descubra a real necessidade e oferecer pelo menos um item complementar antes de fechar a venda. Um exemplo prático é perguntar “Vai usar esta camisa em alguma ocasião especial?” e, na resposta, sugerir um acessório que combine. Metas de vendas adicionais, revisadas toda semana, mantêm a motivação alta.
O ambiente também precisa tocar a emoção. Música num volume agradável cria clima, um aroma suave de café ou baunilha traz conforto e detalhes de cor nas paredes direcionam o olhar. Pequenos estímulos sensoriais juntos fazem o cliente sentir a loja como um lugar onde vale a pena ficar, experimentar e comprar.
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Para saber se tudo isso funciona acompanhe o ticket médio, ou seja, o valor gasto por cada cliente em uma compra. Basta somar o faturamento do dia e dividir pelo número de notas emitidas. Se o ticket sobe depois das mudanças é sinal de que a experiência está convencendo o público a levar mais produtos.
Com layout inteligente, equipe ativa e ambiente que emociona, a loja deixa de ser apenas expositora e passa a ser palco de vendas que surpreendem o cliente e aumentam o resultado por visita.
Marketing segmentado em ação
O cliente não é um bloco único. Cada pessoa que entra na loja carrega motivações, hábitos de compra e níveis de orçamento diferentes. Quem trata todo mundo do mesmo jeito acaba gastando energia e dinheiro em mensagens que não tocam ninguém de verdade. A ideia de segmentar é simples: reunir clientes com perfis parecidos, falar a língua de cada grupo e entregar exatamente o que eles procuram. Isso aumenta a relevância das campanhas e, na prática, faz cada real investido render mais vendas.
A seguir você vê um passo a passo curto que mostra como aplicar essa lógica na rotina da sua loja. Não precisa de softwares caros nem de muita gente. Basta organizar os dados que já possui, escolher o canal certo e acompanhar o resultado bem de perto.
- Junte informações básicas: Use notas fiscais ou cadastro em loja para saber o que cada cliente costuma comprar e com que frequência.
- Divida por comportamento: Separe quem compra todo mês, quem só aparece em promoções e quem prefere lançamentos.
- Crie uma persona para cada grupo: Dê nome e pequena descrição, como “Ana Promoções” que adora desconto ou “Carlos Novidades” que busca o item recém-chegado.
- Escolha uma oferta certeira: Para “Ana Promoções” envie cupom de desconto limitado. Para “Carlos Novidades” mostre o produto recém-chegado.
- Selecione o canal ideal: Cupom por WhatsApp funciona bem para clientes que respondem rápido. E-mail detalhado serve melhor para quem gosta de comparar.
- Faça um teste curto: Dispare a mensagem para um grupo pequeno, observe abertura e cliques durante dois dias e só depois amplie.
- Meça e corrija: Veja que oferta gerou mais retorno, mantenha a vencedora e ajuste ou descarte o que não deu resultado.
Seguindo esses passos a loja troca campanhas genéricas por conversas que falam direto ao interesse de cada pessoa e aumenta a chance de venda sem precisar subir o orçamento.
Criando um “comitê de oportunidades”
Todo negócio tem boas ideias espalhadas entre vendedores, caixa, estoque e até clientes fiéis. O problema é que essas ideias costumam ficar perdidas na correria do dia a dia. Formar um comitê de oportunidades é a maneira mais prática de transformar sugestões em campanhas reais que geram vendas constantes.
Comece escolhendo um grupo pequeno e diverso. Inclua pelo menos um vendedor, alguém do atendimento online, o responsável pelo estoque e um gerente. Quatro a seis pessoas bastam para representar diferentes pontos de vista sem tornar a conversa confusa.
Marque encontros rápidos, de meia hora, toda segunda-feira antes da abertura da loja. Essa regularidade cria o hábito de pensar em vendas de forma proativa em vez de apenas apagar incêndios. Use a regra do “um tema por vez” para manter o foco. Por exemplo, numa semana discuta maneiras de aumentar ticket médio, na seguinte pense em atrair clientes inativos.
Durante a reunião siga três passos simples. Primeiro cada participante apresenta uma ideia em no máximo dois minutos. Depois o grupo vota levantando a mão para escolher as duas melhores sugestões. Por fim defina tarefas claras, prazos curtos e um responsável por acompanhar o progresso de cada ação escolhida.
Testar rápido faz parte do método. Se a ideia for criar um combo de produtos, lance a oferta por três dias e compare as vendas com o mesmo período anterior. Caso queira experimentar um vídeo curto no Instagram, publique apenas um primeiro clipe e avalie engajamento antes de gravar outros.
Ao final de cada mês revise os resultados de todas as iniciativas. Mantenha o que trouxe retorno, ajuste o que quase deu certo e descarte o que não funcionou. Esse ciclo simples mantém a loja em evolução contínua sem depender de consultorias caras ou de um momento “eureka”.
Com um comitê ativo o lojista transforma criatividade em processos claros. As boas ideias deixam de ser apenas conversa de corredor e viram campanhas concretas que alimentam o fluxo de caixa mesmo em épocas de movimento fraco.
Como a AWISE pode apoiar sua reinvenção
Adotar novas estratégias é muito mais fácil quando a tecnologia trabalha nos bastidores. O ERP para Varejo AWISE coloca todas as informações da loja em um único lugar e entrega insights prontos para agir, mesmo para quem não gosta de planilhas complicadas.
O painel de vendas em tempo real mostra quantos clientes compraram, qual foi o ticket médio e quanto falta para bater a meta diária. Você confere esses números no computador ou no celular e toma decisões rápidas, como reforçar a oferta de itens com maior margem antes que o dia acabe.
No cadastro inteligente de clientes cada compra gera um histórico automático. O sistema agrupa consumidores por frequência, valor gasto ou categoria preferida. Com dois cliques você exporta listas segmentadas e envia cupons ou novidades só para quem tem chance maior de comprar, seguindo exatamente o método de marketing segmentado visto na seção anterior.
A integração multicanal conecta loja física, e-commerce e marketplaces. Os preços ficam sincronizados e o estoque atualizado sem retrabalho. Assim o cliente percebe a marca como uma experiência única e escolhe o canal que for mais conveniente, sem surpresas de informação desencontrada.
Para não perder vendas por falta de produto AWISE dispara alertas de estoque mínimo. Chega uma notificação quando determinado item atinge o limite definido. O repositor ou comprador consegue agir antes de o ganchinho na prateleira ficar vazio, mantendo a experiência positiva que o novo consumidor espera.
Com esses recursos a AWISE transforma o plano de reinvenção em rotina diária. Testar a plataforma por alguns dias já basta para sentir a diferença entre administrar no escuro e conduzir a loja com dados claros e sugestões prontas para aumentar o faturamento.
Próximos passos
O consumidor mudou. Quem acompanhou este guia viu que investir no digital, criar uma experiência de loja que emociona, falar com cada cliente de forma segmentada, manter um comitê de ideias vivas e usar a tecnologia certa formam o novo kit de sobrevivência do varejo.
Ignorar esse cenário não é mais uma alternativa. As lojas que deixarem para depois vão perder espaço para concorrentes atentos que se conectam onde o cliente pesquisa, oferecem conveniência real e apresentam soluções criadas a partir de dados.
Para começar hoje siga três passos simples. Primeiro faça uma revisão rápida do orçamento de marketing e garanta pelo menos metade dele em ações online. Segundo convoque sua equipe para a primeira reunião do comitê de oportunidades na próxima segunda-feira, mesmo que dure quinze minutos. Terceiro teste a versão gratuita da AWISE e acompanhe durante uma semana o painel de vendas em tempo real. Esses movimentos já trazem percepções novas e mostram onde colocar energia.
O mercado está exigente, porém as ferramentas e métodos certos estão ao alcance. Quem colocar o plano em prática agora conquista clientes que ficarão fiéis nos próximos anos. Escolha agir, ajuste no caminho e mantenha o foco em experiências que geram valor para quem compra e resultados consistentes para o seu negócio.