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“Com certeza, foi a maior catástrofe da história de Candelária”, diz prefeito

Imagem mostra área de Candelária

Com a chegada do sol nesta segunda-feira, 6, e a água dos rios baixando, o momento é de avaliar os estragos das enchentes na região e projetar ações de recuperação. Em Candelária, um dos municípios mais afetados do Vale do Rio Pardo, o prefeito Nestor Ellwanger, o Rim, avalia a tragédia como histórica. “Com certeza, foi a maior catástrofe dos 99 anos de emancipação política do município de Candelária. Sem dúvida”, enfatizou em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.

O gestor municipal ressalta que tem certeza absoluta do que está falando, visto que também acompanhou a enchente registrada na região em 1959. No momento, ele avalia que o foco da Prefeitura estará no trânsito no município. Hoje, os acessos pela ERS-400, no quilômetro 18, e pela RSC-287, no quilômetro 137, estão com bloqueios totais. O acesso pela ERS-410 também tem dificuldades.

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Na ponte sobre o Rio Pardo, na saída do município em direção a Santa Cruz do Sul, que teve a queda de sua cabeceira, moradores improvisaram uma passagem de madeira, que pode ser atravessada a pé. Rim relata que muitas pessoas, quando precisam transportar algo, pedem para que alguém vá de Santa Cruz até a beira da ponte, para que assim consigam entregar. Isso foi feito, inclusive, com caixões. Já pacientes que precisam fazer hemodiálise em outros municípios estão sendo transportados de helicóptero.

Passagem de madeira foi improvisada por moradores de Candelária | Foto: Alencar da Rosa

Além disso, praticamente todas as estradas do interior foram afetadas. Ele conta que o trabalho de recuperação começou há cerca de três dias. “As estradas do interior terminaram. Tem que reconstruir estradas e acessos, mas temos lugares muito difíceis de serem reconstruídos. Vai levar muito tempo para a gente ao menos dar boas condições de trânsito para as pessoas virem para a cidade, já é uma grande coisa. Depois, a gente vai fazer como as estradas eram”, diz. O prefeito destaca a importância das vias do interior para os agricultores.

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Outra questão apontada é a chegada dos recursos voltados à reconstrução da cidade. “São milhões, então, por isso que nós decretamos calamidade pública. Mas é que o problema é a demora da liberação dos recursos. E as pessoas, nessa situação, eles não querem esperar, eles querem pra ontem. Mas a gente sabe que não é assim. Aí quando o dinheiro vem, já não chega pra fazer aquilo que precisa ser feito”, lamenta.

Não há mais desaparecidos, confirma prefeito

Rim também elogiou o trabalho realizado no primeiro momento, de resgate de pessoas. Os salvamentos contaram com a colaboração do Exército Brasileiro, de aeronaves de Porto Alegre e Santa Maria, dos Bombeiros Voluntários de Candelária, bombeiros de lugares como Santa Catarina, Cruz Alta, Espumoso, Santo Ângelo e Porto Alegre, além de voluntários. Segundo o prefeito, também não há mais desaparecidos. Um óbito foi registrado no município, de uma idosa de 95 anos, encontrada morta afogada dentro de casa, na localidade de Rebentona.

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O chefe do Executivo municipal também revela que aproximadamente 50 pessoas seguem abrigadas no ginásio do Colégio Medianeira. “Eles foram para casa, mas não tem casa”, conta. No momento mais crítico, o número chegou a 200 alojados. Já o Ginásio Municipal Walter Filter, na Rua Vinte de Setembro, 978, segue recebendo doações de roupas, cobertores, travesseiros e roupas de cama. Para retirar alimentos não perecíveis, deve ser procurado o Departamento de Cidadania e Paisagismo, na Rua Jornalista Marco Mallmann, 62.

Prejuízos na produção agrícola

Diversas localidades do interior de Candelária foram duramente afetadas pelas enchentes. Locais como Palmital, Costa do Rio, Quilombo, Rebentona, Salso, Alto Passa Sete, Arroio Grande, Botucaraizinho e Roncador, distantes da sede do município, estão entre os mais prejudicados pela enchente. No caso da Rebentona, citada por Rim como o distrito mais afetado, a região é uma forte produtora de arroz e soja. Segundo o prefeito, as lavouras estão metros abaixo d’água, o que impede a colheita. Culturas como o milho também tiveram problemas. A exceção foi o tabaco, que teve menos prejuízos.

Colaborou Ronaldo Falkenback

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