Rio Pardo é um dos municípios mais atingidos pela enchente no Vale do Rio Pardo. Ao todo, a cidade contabiliza 8.349 pessoas afetadas; estando 469 abrigadas em ginásios e CTGs. Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9, o coordenador da Defesa Civil de Rio Pardo, tenente Dimas Gotardo, atualizou a situação da cidade.

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Segundo Gotardo, a água começou a baixar lentamente. “Nossos rios estão represados, não existe escoamento. Mas, de domingo para cá, está diminuindo o nível, mas bem lentamente. Temos certeza que vai demorar bastante, porque a elevação foi muito forte”, disse.

A ponte sobre o Rio Jacuí está com sistema pare e siga, com passagem apenas de veículos leves. No canal que liga Santa Cruz a Rio Pardo, é possível seguir pela rodovia 471 até a Expoagro Afubra. Após, é necessário entrar à esquerda e acessar a Ponte Velha, onde a passagem é liberada apenas para carros leves. 

Gotardo também informou dados a respeito de entrega de materiais. “Estamos dividindo ações entre ilhados e as pessoas da cidade que não tem mantimentos e alimentos. Entregamos quase seis mil kits de comida, higiene e limpeza para o pessoal da cidade e também 649 cestas básicas para Passo da Areia, Barragem, Mutirão do Camargo, dentre outros”, explicou.

Sem luz

O prefeito da cidade, Rogério Luiz Monteiro, também em entrevista, destacou a preocupação com a ponte. “A nossa maior preocupação é que seja retomada a travessia. Isso vai nos facilitar a questão econômica e também que chegue de forma rápida o auxílio”, disse. 

Além disso, Monteiro ressaltou que Rio Pardo está sem luz há cerca de 48 horas. Em relação à água, a cidade conseguiu geradores para a Corsan. A empresa começa a fazer o bombeamento e tratamento para despachar água para os bairros. A telefonia está oscilante e o sinal das operadoras caem com frequência.

Para quem quiser doar, a prioridade agora é de água potável e alimentos, principalmente leite. 

Números

• 8.349 atingidos;
• 315 cestas básicas distribuídas;
• 2,2 mil metros de lona distribuídos;
• 6.796 refeições entregues;
• 589 atendimentos no telefone da Defesa Civil;
• 1.816 orientações pelo telefone da Defesa Civil;
• 67 animais resgatados;
• 469 abrigados;
• 351 voluntários envolvidos;
• 16 mil litros de água entregues;
• 85 travessias de barco para lugares isolados

Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback

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