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COMBUSTÍVEIS

Com petróleo caro, aumento dos preços nas bombas será inevitável

Foto: Rafaelly Machado/Banco de Imagens

Preço da gasolina subiu nos postos

Há 52 dias, a Petrobras não anuncia aumentos nos combustíveis na refinaria. Depois de uma série de reajustes no último ano, a estatal tem mantido os preços, mesmo diante da ampliação do custo com o barril do petróleo – um fator determinante para a definição dos valores, pois a empresa tem como política a consonância com o mercado internacional. Mas esses dias de estagnação interessante para os usuários podem estar contados.

Nos últimos 30 dias, o mundo viu a commodity ter uma elevação expressiva. O aumento chegou a 34,1%, partindo de US$ 92,80 para US$ 124,45 (nessa segunda-feira, 7, às 20 horas). A oscilação mais agressiva começou com os ataques da Rússia à Ucrânia, o que mexeu no mercado e causou incertezas.

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O fato é que sem ter repassado esse novo custo para o consumidor, a Petrobras arca financeiramente. E de acordo com João Carlos Dal’Aqua, presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro), pode desestimular o mercado. “Essa desestimulação pode atrapalhar a concorrência, e isso é muito prejudicial”, diz. Ele usa como exemplo as refinarias privadas, que importam o combustível e tiveram que aplicar o aumento do petróleo em seus preços.

É o caso de unidades de Rio Grande e da Bahia. E não se trata apenas de uma questão de rentabilidade. Um novo problema pode ser causado caso não seja interessante, economicamente, a compra de outros países. “Pode gerar desabastecimento porque a Petrobras não consegue, sozinha, atender a toda a demanda nacional”, explica.

Quando e em que patamares será o aumento do preço dos combustíveis, Dal’Aqua não sabe precisar. O que acredita é que essa mudança ocorrerá – e não deve demorar. “Estamos inseridos em uma comunidade internacional. Não somos isolados, então, isso acabará chegando para todos”, frisa.

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Governo pode criar subsídio com “gatilho”

A equipe do governo federal tem realizado reuniões para encontrar um mecanismo que possa minimizar os impactos de eventuais mudanças nas cotações do barril do petróleo. Depois de ter a imagem arranhada com a série de aumentos no último ano, quando a gasolina ultrapassou a barreira dos R$ 7,00 em Santa Cruz do Sul, e atento ao fato de ser ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro adiantou que uma opção é a instituição de um subsídio temporário, funcionando com gatilho de valores.

Em entrevista a emissoras de rádio, Bolsonaro disse que é possível resolver os problemas que podem ser gerados com o preço da commodity. “Aparece a questão de petróleo. É grave, mas dá para resolver, no meu entender. Estamos tomando medidas, porque é algo anormal. O barril do petróleo sai da casa dos 80 (dólares) para 120”, destacou. Na prática, a ideia é determinar um custo médio e, toda vez que esse indicador for ultrapassado, a União entra com o subsídio, arcando com a diferença. Dessa forma, evita que as consequências cheguem ao bolso do consumidor quando ele for ao posto.

Se essa é uma solução para o problema, ainda é incerto dizer, mas é um caminho que pode ser trilhado. O presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua, entende que é preciso instituir uma política pública para o setor. “A gente vinha tratando sobre a questão da tributação, mas quando o barril estava a US$ 80,00. Agora, passa dos US$ 120,00, então é outra situação”, analisa.

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O dirigente sindical reforça que não é possível aguardar muito para a tomada de decisões. “Não sei se é uma solução definitiva essa que vem sendo discutida, mas temos que tomar uma atitude”, ressalta. Ele cita o congelamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que foi apresentado pelos Estados. Lamenta, porém, que isso tenha sido feito com um valor elevado, o que faz com que, mesmo sem variação, ainda tenha grande peso na formação do preço que é colocado nas bombas.

Em Santa Cruz do Sul, de acordo com o último levantamento feito pelo Procon, ainda em fevereiro, o valor médio cobrado pela gasolina comum é de R$ 6,657. O menor preço encontrado é R$ 6,399, e o maior, R$ 6,759. Assim, a economia obtida por quem abastece com o mais barato, em um automóvel com tanque de 50 litros, é de R$ 18,00.

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