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DA TERRA E DA GENTE

Conexões históricas

Em mês de importantes comemorações históricas, a Semana Farroupilha, que se encerra neste dia 20 de setembro, faz lembrar os ideais do movimento que eclodiu nesta data em 1835 no Rio Grande do Sul, expressos em liberdade, igualdade e humanidade, com o primeiro exaltado também no conhecido hino rio-grandense surgido naquele período. Já em nosso município colonizado por alemães, a partir de 1849, e diante da preparação que ocorre para os 200 anos de imigração germânica no Estado, iniciada em 1824 pela Colônia São Leopoldo, vale registrar referência feita à participação dos primeiros imigrantes naquele evento.

Conforme a imprensa daquela região colonial enfatizou na lembrança dos 190 anos da imigração em foco, “depois de 11 anos de sua chegada ao Rio Grande, os alemães assumiram seu novo lar participando do mais longo conflito em terras brasileiras. Radicados na então real Feitoria do Linha Cânhamo, foram disputados tanto por farrapos quanto por imperiais, pelo seu poder de produção e também pelo seu potencial humano para a guerra, com homens de experiência militar na Europa”, tendo atuado “seja abastecendo tropas com suas ricas lavouras, seja peleando junto a eles”.

Era referida a obra de Hilda Flores, “Os alemães na Guerra dos Farrapos”, onde se especificava que os imigrantes “estavam em condições de fornecer desde produtos agrícolas e artesanais, a animais de tração, abate e montarias”. Essa capacidade produtiva dos povos germânicos, que também aportaram por aqui nos anos seguintes a essa revolução, foi reiterada no documento lembrado neste espaço, o famoso e amplo Relatório do Intendente Gaspar Bartholomay de 1922, sobre o Município de Santa Cruz, que completa 144 anos no dia 28 deste mês. Dizia: “o fumo, cultivado desde o tempo da colônia, tornou-se o mais importante fator de progresso local”, e já então industrializado, colocava o Município “em primeiro lugar entre todos os contribuintes da União no Estado”.

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Nos seus registros, verificava-se também a presença local de oito cooperativas agrícolas e duas caixas cooperativas (uma criada em 1904 e mais tarde incorporada por Banco Agrícola-Mercantil, Unibanco e atual Itaú, e outra, a Caixa União Popular de Santa Cruz, fundada em 1919, que continua firme em nosso meio, como Sicredi Vale do Rio Pardo, e neste 21 de setembro comemora 103 anos). Além do Banco Pelotense, que naquele 1922 construiu “majestosa filial”, a qual abriga atualmente a Casa das Artes Regina Simonis e completa no corrente ano o seu centenário.

Em estudos feitos sobre o Sicredi, outra vez sobressai a sua íntima relação com princípios trazidos pelos imigrantes alemães, inclusive com inspiração religiosa-cristã, relacionados ao associativismo, cooperação, solidariedade, mutualismo, que foram fundamentais para vencer os obstáculos e desafios na nova terra e alcançar um desenvolvimento diferenciado onde se instalaram. Associando-os aos ideais da liberdade, igualdade e humanidade, reverenciados na última semana e conectados desde então, e da mesma forma com movimentos europeus (iluministas), podemos renovar nossas melhores inspirações para continuarmos crescendo, tanto como pessoas quanto como comunidades.

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