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Pele

Confira as opções de tratamento para quem tem vitiligo

Em agosto deste ano, a modelo brasiliense Larissa Sampaio, de 19 anos, conquistou visibilidade por mostrar algo que ainda é motivo de certo preconceito. Portadora de vitiligo, uma doença caracterizada pela perda de pigmento da pele em certas regiões do corpo, a jovem decidiu parar de cobrir as manchas que a acompanham desde a infância e se tornou um ícone da autoaceitação.

A atitude de Larissa trouxe à tona os debates em torno da doença, que acomete cerca de 0,5% da população mundial. As manchas se formam devido à diminuição ou ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes estão associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais, como o estresse, e a história familiar podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam o transtorno.

Além das lesões, o vitiligo causa outros incômodos como coceira, explica a médica dermatologista Jaquelini Barboza da Silva. Segundo ela, os sinais podem aparecer em qualquer região do corpo. Em caso de suspeitas, o primeiro passo é procurar ajuda profissional para realizar o diagnóstico.

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A Sociedade Brasileira de Dermatologia, inclusive, promove uma campanha anual em alusão ao Dia Mundial do Vitiligo, celebrado no dia 25 de junho. A iniciativa tem o propósito de esclarecer quanto aos cuidados e formas de cuidar da doença. De acordo com a médica, existem importantes recursos aliados do tratamento. Entre eles estão o uso de cremes e comprimidos. “A fototerapia é um excelente tratamento, pois tem menos efeitos colaterais e trata o corpo inteiro”, acrescenta. A técnica é indicada para quase todas as formas de vitiligo, com resultados bastante satisfatórios, principalmente para lesões da face e tronco. A evolução vai depender das condições do paciente e da intensidade da doença.

Com o tratamento, explica Jaquelini, é possível atingir a repigmentação, ou seja, a volta da coloração normal das lesões. Isso pode acontecer em semanas ou meses, dependendo do caso. Assim como é recomendado para todas as pessoas, o uso de protetor solar também é fundamental para quem tem vitiligo, pois as lesões não têm proteção natural contra o sol.

Saiba mais
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a maioria dos pacientes de vitiligo não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. Em alguns casos, eles dizem sentir sensibilidade e dor na área afetada. Entretanto, uma grande preocupação dos dermatologistas são os sintomas emocionais que as pessoas podem desenvolver em decorrência da doença.

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Em relação à prevenção, a orientação é para que os pacientes evitem fatores que possam precipitar o surgimento de novas lesões ou acentuar as já existentes, como usar roupas apertadas, ou que causem atrito ou pressão sobre a pele, e diminuir a exposição solar. Controlar o estresse é outra medida bem-vinda.

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