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Contra ponto

Excrescências

A continuidade dos depoimentos e testemunhos de dezenas de réus da Operação Lava Jato, especialmente, sejam relatos decorrentes de “delação premiada” ou não, revelam o que socialmente já deduzíamos. Só não imaginávamos o “tamanhão da doença”.

Em todos os quadrantes do país e de nossa organização sociopolítica-institucional revelam-se indivíduos e quadrilhas organizadas que se apropriam criminosamente da riqueza da nação e de parcelas da arrecadação tributária.

Legal e ilegalmente, formal e informalmente, objeto de licitações regulares ou não, por todos os meios possíveis desfiam-se as contas do rosário de negociatas, golpes, falcatruas e demais apropriações indébitas.

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Regra geral, os saqueadores são “tudo gente fina”, engravatada e da alta roda. Mas no ritual da ilusão e da enganação, sobretudo inspirados no discurso populista do coitadismo e do vitimismo, também os “peixes pequenos” se locupletam.

Um expoente mundial em criação de igrejas e religiões que adoram, veneram e fazem juras aos seus deuses, no Brasil grassa a mentira e o furto. A regra vigente é ignorar seus jurados mandamentos, a exemplo do sétimo, um cânone católico e evangélico. Não roubarás!

Furto, roubo, corrupção, vadiagem e audácia são alguns substantivos que formam e recheiam nossa substância social. Apropriação de coisa alheia por meio de fraude, não trabalhar conforme o dever, subornar e exigir propina, colaborar em injustiça.

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Mais: não pagar o justo salário, servir-se da miséria do próximo, não cumprir os deveres do cargo, com prejuízos ao próximo e ao bem comum, são atos corriqueiros. Típicos pecados sociais públicos e privados.

“Os saqueadores bem-aventurados tiram dos otários contribuintes e dos pobres, alguns sem pão e sem teto”. Lembra desta parábola? Ou de Jesus, que dissera (Mateus 16:26): “De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se perde a alma?”

Provocações éticas, morais e ideológicas e religiões à parte, ainda que modismo presidencial momentâneo, mantenhamos as esperanças. Na autoridade policial e judicial, lógico! Afinal, os que roubaram e causaram danos estão e serão obrigados a restituir os bens e reparar seus pecados.

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Claro que falta combinar algumas coisas com as autoridades, mas principalmente com a própria sociedade, sempre tão benevolente com seus ladrõezinhos e temente aos seus grandes e icônicos ladrões.

Parênteses: qual o limite do processo de autodegradação do Supremo Tribunal Federal? Não demora muito e serão chamados de “suas excrescências”.

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