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Após conflitos

Mandetta anuncia saída do Ministério da Saúde

Foto: Agência Brasil

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta quinta-feira, 16, informou que foi demitido do cargo. Logo mais, Mandetta tem coletiva de imprensa marcada no Ministério, onde deve confirmar a sua saída.

Na conta oficial do Twitter, Mandetta anunciou a demissão. “Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”, escreveu .

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O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou com interlocutores do governo que Bolsonaro escolheu o cardiologista Nelson Teich para substituir Mandetta. Teich se reuniu com o presidente pela manhã, quando, segundo fontes próximas ao presidente, causou boa impressão.

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A saída de Mandetta ocorre após semanas de divergências entre ele e o presidente. As recomendações sobre o isolamento social e a indicação de uso da cloroquina no tratamento de pacientes com covid-19 são as principais desavenças entre os dois.

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Quem é Nelson Teich?

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Nelson Teich se reuniu com o presidente pela manhã, quando, segundo interlocutores do presidente, causou boa impressão. O médico foi consultor da área de saúde na campanha de Jair Bolsonaro, em 2018, e é fundador do Instituto COI, que realiza pesquisas sobre câncer.

O oncologista também registra em um perfil nas redes sociais ter atuado como consultor do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, entre setembro do ano passado e março deste ano. Teich e Vianna foram sócios no Midi Instituto de Educação e Pesquisa, empresa fechada em fevereiro de 2019.

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A escolha de Teich foi considerada internamente no governo como uma vitória do secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajgarten, e do empresário bolsonarista Meyer Nigri, dono da Tecnisa. Os dois foram os principais apoiadores de seu nome para o cargo.

Teich teve o apoio da classe médica e contou a seu favor a boa relação com empresários do setor da saúde. O argumento pró-Teich no Ministério da Saúde é o de que ele trará dados para destravar debates “politizados” sobre a Covid-19.

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Candidato é bom pesquisador, mas não conhece o SUS, disse Mandetta

Sem citar o nome do oncologista Teich, que havia se reunido mais cedo com Bolsonaro, Mandetta afirmou que o então candidato à vaga dele é bom pesquisador, mas não conhece o SUS. Mandetta disse que a sua equipe poderia ajudar na transição e até mesmo compor a próxima gestão da pasta. “Ajuda aí, Denizar, fica um tempo aí, se a pessoa te pedir. Cada um ajude com o que puder ajudar”, disse Mandetta, dirigindo-se ao atual secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar Vianna.

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