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NO PRESÍDIO

Câmara quer saber se Lersch estaria sofrendo extorsões

A Câmara de Santa Cruz pediu esclarecimentos à Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) sobre uma suposta situação de extorsão a que estaria sendo submetido o ex-vereador Paulo Lersch no Presídio Regional. A informação é de que Lersch, preso preventivamente há dez meses, poderia estar sendo obrigado a pagar “pedágios” para garantir a sua integridade física dentro da cadeia. Tanto a Susepe quanto a defesa do ex-parlamentar afirmaram não ter conhecimento do assunto.

Protocolado pelo vereador Alberto Heck (PT), o pedido foi aprovado na sessão virtual de segunda-feira, 13, e encaminhado na terça, 14 à Susepe. Conforme Heck, que é relator da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a decisão de solicitar as informações foi tomada em função de “algumas conversas” de que Lersch estaria sendo extorquido na penitenciária. “No momento em que o Estado retira a pessoa do convívio com a sociedade, assume a responsabilidade por garantir a sua segurança”, disse.

Entre as informações solicitadas estão o perfil dos presos que dividem galeria com Lersch no presídio e se houve alguma denúncia encaminhada à administração do Regional sobre a suposta extorsão. Procurado ontem à tarde, o advogado de Lersch, Ezequiel Vetoretti, disse não ter recebido qualquer relato nesse sentido. “Nada sobre o assunto chegou ao meu conhecimento”, disse.

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Alvo da Operação Feudalismo, do Ministério Público, que apurou um esquema de captação de salários de assessores na Câmara, Lersch foi preso no dia 5 de junho. No fim de janeiro, foi condenado em primeira instância a nove anos e sete meses em regime fechado por concussão e coação de testemunhas. A defesa aguarda julgamento de um recurso no Tribunal de Justiça, em Porto Alegre.

Responsável pela investigação no MP, o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, afirmou estranhar a iniciativa de Heck. Segundo ele, se há suspeita de que o ex-vereador esteja sofrendo restrição de direitos, o caminho adequado seria solicitar providências à Vara de Execuções Criminais (VEC) ou à defesa. “Não vejo sentido em acionar a Câmara para pedir informações sobre um apenado”, criticou.

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O que diz a Susepe
Por intermédio da assessoria de comunicação, a Susepe informou que até o momento não recebeu nenhuma denúncia de extorsão envolvendo o ex-vereador Paulo Lersch.

Desde que foi preso, Lersch esteve alojado em diversos setores da casa prisional, como cozinha, triagem e na galeria AB. Atualmente, divide a cela 5 da galeria CD com outros oito presos e vem auxiliando os demais apenados da galeria nas suas demandas jurídicas – o que, segundo a resposta da Susepe à Gazeta do Sul, “comprova fluxo e bom relacionamento com demais apenados”.

Memes
O vereador Alberto Heck (PT) também manifestou preocupação com a difusão de “memes” em redes sociais e grupos de WhatsApp que fazem alusão de forma debochada à situação de Lersch. As mensagens surgiram à época da prisão e retornaram recentemente, após a Justiça negar um pedido para que ele fosse libertado devido à pandemia de coronavírus.

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Conforme Heck, os responsáveis pelos materiais devem ser identificados e processados. “Embora ele seja uma pessoa pública por ter exercido um mandato político, isso vai além da individualidade dele. Afeta todos os familiares também”, comentou.

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