Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Captação de salários

Testemunhas nos processos de cassação de vereadores começam a ser ouvidas nesta quarta

Foto: Banco de Imagens

A fase de depoimentos das testemunhas nos processos de cassação dos vereadores Elo Schneiders (PSD) e Alceu Crestani (PSD) na Câmara de Santa Cruz do Sul começará nesta quarta-feira, 6. Ao todo, 67 pessoas, incluindo os dois parlamentares, serão ouvidas pelas comissões processantes até a sexta-feira da semana que vem. Os depoimentos serão públicos.

Tanto Schneiders quanto Crestani respondem a ações ajuizadas pelo Ministério Público em razão de supostas irregularidades que incluem casos de captação de salários de servidores. Crestani também é acusado de manter um “assessor fantasma” em seu gabinete, enquanto Schneiders é apontado por esquemas de prestação de serviços e entregas de materiais de forma indevida na Secretaria Municipal de Agricultura, que comandou entre janeiro de 2017 e outubro de 2019. Eles negam todas as acusações. Se forem cassados, se tornarão inelegíveis.

LEIA MAIS: Justiça aceita denúncia e dois vereadores viram réus por “rachadinha”

Os convocados para depor são obrigados a comparecer, sob pena de serem enquadrados em crime de desobediência. No caso de Schneiders, serão 48 depoimentos. A primeira rodada será amanhã e as seguintes nos dias 8, 12, 13 e 15. Dentre os convocados, estão duas ex-assessoras de Schneiders na Câmara e um ex-subprefeito indicado por ele que, segundo a denúncia, seriam obrigados a repassar parcelas de seus salários ao vereador. A lista inclui ainda eleitores que teriam sido beneficiados pelos supostos serviços e entregas irregulares. A ex-vereadora Solange Finger (PSD), que ocupou a cadeira de Schneiders na Câmara durante quase três anos, o vereador Hildo Ney Caspary (PP) e o subprefeito de Monte Alverne Mauri Frantz também vão falar. O depoimento de Schneiders deve ocorrer no dia 15.

Publicidade

Já no caso de Crestani, serão 19 depoimentos nesta quinta-feira e os demais nos dias 13 e 14. A relação inclui o ex-servidor da Câmara Cornélio Jacó Mayer, que denunciou Crestani ao MP, e Júlio Cesar Mahl, acusado de ser o “assessor fantasma” do parlamentar. Crestani vai depor no dia 14.

Por conta das orientações de distanciamento social, os depoimentos serão feitos por videoconferência. Os depoentes terão que comparecer à Câmara em horário marcado e falarão em uma sala com infraestrutura de captação de áudio e imagem, mas sem dividir o mesmo ambiente com os vereadores.

LEIA MAIS: Depoimentos nos processos de cassação de vereadores começam na próxima semana

Publicidade

O que dizem
Um dos advogados de Elo Schneiders, Marcos Morsch, disse que os depoimentos vão demonstrar “que não existiu quebra de decoro por parte do vereador”. “Estamos tranquilos”, garantiu. A expectativa da defesa é que a Câmara não tome nenhuma decisão em relação ao mandato de Schneiders antes da conclusão dos processos judiciais. Conforme Morsch, isso deve ocorrer sob pena de se criar “um precedente muito perigoso e irreparável” caso Schneiders fosse cassado e depois absolvido pela Justiça. “Essa é a tese que defendo, porque sustento que os fatos denunciados não ocorreram. E isso só o processo judicial poderá esclarecer”, disse. Também procurado, o advogado de Alceu Crestani, Léo Schwingel, informou que “a defesa mantém o posicionamento de manifestar-se somente nos processos”.

LEIA MAIS: Câmara aceita denúncia contra Alceu Crestani e Elo Schneiders

Paulo Lersch vai depor no dia 13
Preso preventivamente há 11 meses em função de um esquema de captação de salários de assessores em seu gabinete desarticulado pelo Ministério Público na Operação Feudalismo, o ex-vereador Paulo Lersch – que renunciou ao cargo – vai prestar depoimento às comissões responsáveis pelos processos de cassação de Elo Schneiders e Alceu Crestani. Os dois depoimentos estão previstos para o dia 13, à tarde. A Câmara encaminhou um requerimento à Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) para que Lersch, recolhido no Presídio Regional, possa comparecer.

Publicidade

Lersch foi arrolado na denúncia contra os vereadores por ter, em depoimento ao MP após a prisão, afirmado que Schneiders e Crestani, bem como outros parlamentares, também exigiriam parcelas dos salários de servidores do Legislativo.

LEIA MAIS: Justiça rejeita revogar prisão de Paulo Lersch

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.