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Paralisação

Assembleia vai reforçar a greve dos professores

Foto: Banco de Imagens

Entre os motivos da greve estão os 47 meses de salários atrasados e parcelados

A greve dos professores no Estado segue por tempo indeterminado. Nesta terça-feira, 26, em assembleia do Cpers/Sindicato, em Porto Alegre, a categoria vai se reunir novamente a partir das 13h30. “Não queremos discutir o término, mas fortalecer o ato”, afirma a vice-diretora do 18º Núcleo, Sandra Maria Lemos dos Santos.

De acordo com ela, o sindicato espera uma grande participação dos profissionais da área. Somente na região, o número de ônibus que devem seguir para a capital representa o dobro em comparação com a reunião realizada no dia 14.

Conforme Sandra, a categoria não aprova nenhum item no pacote apresentado pelo governador Eduardo Leite, que traz mudanças em 117 regras do funcionalismo estadual. As modificações dependem de votação na Assembleia Legislativa até o fim deste ano. De acordo com o Cpers, as propostas ferem o plano de carreira e toda a luta travada até hoje na garantia de benefícios e direitos.

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A intenção da greve é, justamente, fazer com que as propostas sejam totalmente retiradas de votação. “O governo Leite enxugou a folha para resolver problemas que não são da Educação, e manteve o foco apenas no setor.” Sandra lembra que, além de não contar com reajuste e reposição salarial há cerca de seis anos, os professores ainda precisam enfrentar o parcelamento dos salários.

Diante da ameaça do governador de cortar o ponto dos grevistas, feita no fim da última semana, Sandra acredita que essa é uma resposta diante da grande adesão da categoria. “São quase 80% das escolas paradas no Estado. O governo está pressionando, mas nossa greve tem amparo legal para ser realizada. O parcelamento já é ilegal e o corte do ponto também é. O Cpers já tomou as medidas e comunicou à categoria que isso não pode acontecer”, afirma.

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SAIBA MAIS
Alguns aspectos que a categoria contesta

– A continuidade da contribuição previdenciária aos aposentados em até 14%.

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– Fim da paridade (reposição salarial automática para aposentados, nos mesmos índices do pessoal ativo).

– Fim das gratificações, como a Função Gratificada (FG) do diretor, e das incorporações.

– Fim do difícil acesso e de planos de carreira, como triênio e quinquênio.

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– Professores contratados passam a ser horistas e perdem direito a licenças.

– Congelamento de reajuste e reposição durante dez anos.

– Diferença salarial de apenas 7% entre níveis, como curso básico e doutorado. Hoje ela chega a 100%

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– Teto salarial para aposentadoria de R$ 3,8 mil.

– Rebaixamento de nível de aposentados, o que representa diminuição salarial.

Cenário da paralisação
Conforme o Cpers/Sindicato, até essa segunda-feira, 25, havia 1.521 escolas afetadas pela greve, conforme levantamento parcial. Assim, 766 instituições estariam totalmente paralisadas e 755 parcialmente. Na região de abrangência da 6ª CRE, até a tarde dessa segunda os números permaneciam os mesmos: 35 paralisadas, 34 de forma parcial e 29 em funcionamento normal. Hoje, contudo, a Coordenadoria deverá ter números atualizados. Em Santa Cruz do Sul, não há escolas funcionando normalmente.

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