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Preservação

Acerto com a RGE garante o fim do corte das árvores em Santa Cruz

Foto: Alencar da Rosa

Corte de exemplares de jacarandás na Rua Borges de Medeiros, antes do Natal, provocou reações da comunidade e da Prefeitura

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade e a RGE Distribuidora encerraram nesta sexta-feira o corte de árvores em Santa Cruz do Sul. A ação, que previa a supressão de 140 plantas junto às calçadas do município, foi interrompida. A Prefeitura alega que a distribuidora não cumpriu o acordo para a retirada das árvores de forma gradativa em cinco anos, e por isso motivou o encerramento dos cortes. A partir de agora, a empresa só pode fazer podas junto à rede, e para cortar alguma árvore dependerá do Meio Ambiente.

O titular da pasta, Raul Fritsch, revela que a atividade não irá mais ocorrer. “O projeto teve uma antecipação de prazo quanto a algumas ações. A solicitação inicial era de 350 árvores cortadas, mas a secretaria vistoriou e autorizou apenas 140. Porém, o projeto no momento está encerrado, sem alcançar esta marca”, frisa. Fritsch conta que aguarda um relatório final da gerência regional da RGE, com a totalização das árvores que foram derrubadas no município.

Com a medida, a partir de agora nenhuma árvore será contada pelas equipes da RGE. “Ficou acordado que, para qualquer intervenção maior nas árvores, como o corte ou a supressão, será necessário acompanhamento técnico da Secretaria de Meio Ambiente, e autorização do secretário da pasta para a efetivação do corte”, salienta.

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A discussão sobre o corte de árvores teve início após a derrubada de quatro jacarandás históricos localizados na Rua Borges de Medeiros, entre a Marechal Floriano e a Marechal Deodoro, no Centro de Santa Cruz. A ação foi realizada em 21 de dezembro, o sábado que antecedia o feriado de Natal, e revoltou a população.

No último sábado, a Gazeta do Sul apresentou, em reportagem especial, que a ação irritou a Administração Municipal. Imediatamente ao corte, o prefeito Telmo Kirst (PSD) cassou a licença prévia da RGE para supressão de árvores, pedindo explicações à empresa. Na manhã desta sexta-feria, a gerência regional da distribuidora esteve reunida, a portas fechadas, com Raul Fritsch e a equipe técnica do Meio Ambiente.

Além de suspender o corte de árvores, o município cobrou a distribuidora sobre o padrão das mudas que foram plantadas nos locais. Seguindo o padrão internacional de mudas adultas, as plantas que são substituídas precisam ter, no mínimo, 1,8 metro, na altura em que começam a surgir os galhos. A reportagem da Gazeta do Sul identificou várias plantas abaixo deste padrão, especialmente nas mudas plantadas na Rua Júlio de Castilhos, no trecho entre a Tenente Coronel Brito e a Marechal Floriano, onde sete árvores foram cortadas. “A RGE se comprometeu a revisar o tamanho das mudas plantadas”, confirma Fritsch.

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Na edição do último fim de semana, a Gazeta do Sul noticiou que o Município havia cassado a licença de corte da RGE, após a repercussão do corte dos jacarandás

Para maio
Conforme o secretário, a única ação que terá continuidade, nesse momento, será a retirada dos troncos das calçadas, no processo denominado de destoca. “Onde a destoca for realizada, a distribuidora fará também o fechamento e o conserto do canteiro no qual foi feita a supressão. O restante das mudas a serem plantadas passará a ser efetuado no mês de maio, para que se tenha um melhor resultado, pois esse momento atual não é indicado para o plantio, em função do calor”, complementa o titular do Meio Ambiente.

LEIA MAIS: Município cassa licença da RGE para corte de árvores

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