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REDE ESTADUAL

Faltam professores em 17 das 18 escolas em Santa Cruz

Foto: Alencar da Rosa

Na Petituba, algumas turmas recebem atendimento de educadores de outras áreas

O ano letivo começou e ainda faltam professores nas escolas estaduais. Dos 18 colégios da área da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) instalados em Santa Cruz do Sul, apenas um está com o quadro de docentes completo. Na semana passada, um balanço divulgado pelo próprio órgão apontava carência de apenas 5%. Passados sete dias, levantamento da Gazeta do Sul revela que, além de docentes, há falta de pessoal para trabalhar em outros setores.

Na Escola Petituba faltam cinco docentes para as disciplinas de Língua Espanhola, Língua Inglesa, Língua Portuguesa e História. “A orientação é para atendermos todos os alunos e não mandar ninguém para casa. Na ausência do professor, o profissional de uma outra disciplina assume a turma”, explicou a diretora Luciana Gil Elias. Ela comentou que a situação está bem complicada. “Às vezes eu não tenho professores sobrando para administrar essas aulas.”

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Na Escola Estadual de Ensino Médio Santa Cruz, a situação não é diferente: são seis profissionais em falta. A instituição precisa de docentes para as disciplinas de Educação Física, História, Artes, Filosofia, Língua Espanhola e Ensino Religioso.

Já a Ernesto Alves de Oliveira, que na semana passada registrava o maior número de professores em falta – pelo menos sete –, precisa hoje de apenas dois profissionais. No entanto, existe carência de funcionários para os serviços de limpeza, como explica a diretora Janaína Venzon. “Temos direito a quatro profissionais, mas apenas dois estão atendendo à demanda nos três turnos.” O mesmo acontece na Estado de Goiás, onde falta apenas um professor, mas somente duas das quatro merendeiras estão trabalhando.

Na José Mânica, além de professor para a disciplina de Educação Física e um supervisor, faltam um empregado para o setor de limpeza e outra para merenda. A instituição conta com duas merendeiras e quatro pessoas encarregadas de fazer a limpeza nos três turnos. O colégio precisa de mais um funcionário para cada área, como explica a diretora Daiane Lopes.

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“Para não deixar os alunos sem merenda, um profissional da limpeza auxilia na preparação dos alimentos. No entanto, o trabalho de limpeza não é feito com a mesma eficiência com que deveria ser realizado”, comentou Daiane. Em contato com a 6ª CRE, a diretora foi informada de que primeiro será feito o gerenciamento dos professores. Somente depois será a vez dos funcionários.

Mais instituições

Na Escola Guilherme Simonis, em Boa Vista, no interior de Santa Cruz, além da falta de três professores para as disciplinas de Língua Espanhola, Educação Física e Projetos, existe carência de uma merendeira. De acordo com a diretora Ângela Sônia Scherer, o colégio ainda não recebeu a verba para a merenda.

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Nas demais escolas estaduais, o número de docentes em falta é um pouco menor. Na Bruno Agnes são dois; na Felipe Jacobs, dois; Alfredo Kliemann, quatro; Nossa Senhora do Rosário, dois; Nossa Senhora de Fátima, um; Professor José Wilke, três; Willy Carlos Fröhlich, apenas um; Monte Alverne, quatro; Luiz Dourado, dois; e Nossa Senhora da Esperança, um. Apenas a Gaspar Bartholomay está com o quadro de professores completo. Não foi possível contato com a Sagrada Família.

Situação na região

Nas principais escolas da região, a carência de professores também é significativa. Em Rio Pardo, a Escola Estadual Barro Vermelho está com o quadro completo. Já no Instituto Ernesto Alves, faltam dois educadores: um para a disciplina de Sociologia e outro de Matemática. Na Escola Rio Pardo, há carência de pelo menos cinco docentes. As disciplinas em aberto são Projeto de Vida, Língua Espanhola, Ensino Religioso e Artes dos anos finais, além de Educação Física para anos iniciais. Conforme a vice-diretora Verônica Schilling, em decorrência disso, os alunos estão sendo dispensados mais cedo. “Nas disciplinas em que faltam professores, estamos liberando mais cedo ou começando mais tarde as aulas. Enviamos previamente um aviso para comunicar os pais.”

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Em Venâncio Aires, a Cônego Albino Juchem está com o quadro completo. No entanto, na Monte das Tabocas há três professores a menos. A instituição precisa de docentes para as disciplinas de Português, Filosofia e Sociologia. Além disso, a diretora Marinês Ferreira Weizenmann mencionou a carência de dois funcionários, um para a secretaria e outro para o serviço de limpeza.

Em Vera Cruz, na Escola Paraguaçu, há necessidade de apenas um professor de Matemática. Na Escola Estadual de Ensino Médio Vera Cruz, também falta só um docente, nesse caso para a disciplina de História.

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O que diz a CRE

O responsável pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, afirmou que está solucionando o problema da falta de professores. Segundo ele, a grande maioria está em vias de contratação. “Já fizemos contato com os profissionais. A partir da publicação da vaga, eles têm 48 horas para se manifestar. E quando não há interesse, temos que chamar o próximo.” A maior dificuldade é para a Língua Espanhola. “Temos carência de dez professores para essa disciplina. Como esses profissionais estão em falta aqui, estamos buscando em outros municípios.”

A respeito da merenda escolar, Moura esclareceu que somente nesta semana a equipe conseguiu fechar os números de alunos novos e retardatários em todos os educandários. “A partir de hoje, as escolas já começam a receber os recursos para 2020. Algumas ficaram com estoque do ano passado. Talvez alguma escola não, mas já estaremos repondo”, afirmou. Segundo o coordenador, o que mais prejudicou o início deste ano letivo foi o fato de que cada educandário, em decorrência da greve, começou as aulas em períodos diferentes.

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