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Albergue cria quarentena para proteger moradores

Foto: Rafaelly Machado

Na horta, os “meninos” ocupam as tardes cuidando de hortaliças usadas na cozinha

Desde que a sombra da contaminação com o novo coronavírus se espalhou por Santa Cruz do Sul o atendimento no Albergue Municipal passou a ser de noite e de dia. O espaço, que tradicionalmente recebia moradores em situação de rua, nas necessidades de refeição e pernoite, agora está ocupado – por tempo indeterminado – nas 24 horas do dia. A intenção é proteger a população em situação de rua no período da pandemia. Da mudança nasceram uma horta, a pintura de quadros, oficina de meditação e a redescoberta da cidadania. Tudo isso fará parte de um livro organizado em parceria com os frequentadores.

O rio-pardense Gelson da Luz Theissen Holderbaun está em Santa Cruz do Sul há oito anos. Sem trabalho e possibilidade de custear um aluguel, é no albergue que ele encontra um teto para dormir. Agora, em período de pandemia, só sai do local no Bairro Bom Jesus em caso de necessidade extrema. “É muito melhor estar aqui do que na rua. Estamos abrigados e protegidos desta doença”, contou.

Holderbaun: protegidos da Covid-19

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No período em que está residindo no albergue, Holderbaun descobriu a vocação para cultivar a terra. Junto de outros colegas, ele planta verduras e legumes em uma horta. É nela que se desenvolvem variedades como alface, couve, tempero-verde, repolho, beterraba e rabanete usadas no consumo. “Estamos trabalhando para retomar a responsabilidade e o compromisso com a nossa saúde”, disse.

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A horta é apenas um dos projetos desenvolvidos na pandemia. A assistente social Marliza Lopes Pereira explicou que a principal preocupação do Município, após a manutenção da saúde dos albergados, está nas atividades que eles teriam para fazer no isolamento. “Precisamos respeitar o direito de ir e vir, tanto que ninguém é obrigado a ficar no albergue. O direito de ir e vir precisa continuar”, contou a assistente social.

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Serviço de enfermagem
A secretária municipal de Políticas Públicas e Assistência Social, Carina Inês Panke da Silva, explica que, para evitar a contaminação com o novo coronavírus, todo morador em situação de rua que necessita pernoitar no albergue, ou tem intenção de permanecer no local durante a pandemia, precisa testar contra a Covid-19.

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Carina informa que hoje o atendimento ocorre junto ao Hospital de Campanha, no Ginásio Poliesportivo do Parque da Oktoberfest. “A partir da próxima semana teremos o serviço de enfermagem no abrigo, para a realização de testes no período das 18 horas às 19 horas, que é o horário em que os moradores são recebidos para passar a noite.”

No albergue, tradicionalmente, são servidos o jantar e o café da manhã. Porém, aos residentes em isolamento social durante a pandemia também são oferecidas frutas no meio da manhã. O almoço é servido ao meio-dia e, à tarde, um café precede o jantar.

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