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Pandemia

Centro Regional de Cultura de Rio Pardo adapta atividades

Centro Regional de Cultura recebe sarau de música instrumental nesta sexta-feira

Mesmo de portas fechadas em função da pandemia de Covid-19, o Centro Regional de Cultura Rio Pardo encontrou uma forma de manter suas atividades. Com inovação e seguindo sua proposta de desenvolvimento cultural e social, o espaço promoveu lives e atividades online. O local, fechado desde 23 de março, está funcionando apenas com expediente interno desde abril.

O centro é um Ponto de Cultura do Rio Grande do Sul e possui um plano de trabalho a ser executado. Para cumprir o prazo que se encerrava em 26 de julho, a alternativa foi adaptar a agenda de atividades presenciais, que incluía palestras, oficinas de artesanato, artes plásticas, música e informática.

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“A gente teve que começar a pensar como faria, e acabamos fazendo tudo de forma online. As palestras foram transformadas em lives voltadas para a história de Rio Pardo, sobre a chegada dos açorianos, a origem do município e o Forte Jesus Maria José, além de algumas sobre empreendedorismo cultural e música”, conta a secretária executiva do Centro Regional de Cultura, Tatiana Bonatto.

A programação online ainda incluiu uma exposição virtual sobre as lendas de Rio Pardo e oficinas de instrumentos musicais. Uma oficina de informática prevista para crianças em vulnerabilidade social foi transformada em oficina de fotografia online e rendeu até uma exposição com fotos dos alunos.

Tatiana considera um sucesso o resultado das ações pela internet. “Tudo que estava no plano conseguiu ser feito de maneira online e, para nossa surpresa, o alcance foi fantástico, principalmente das lives. Uma delas chegou a mais de 11 mil visualizações. Nesta época de pandemia, com toda essa dificuldade, coisas boas também surgem, é uma ferramenta que vamos continuar usando depois.”

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Entre os cancelamentos deste ano estão a tradicional exposição Rio Pardo em Foto, que chegaria à oitava edição, e um jantar-baile de comemoração dos 15 anos de funcionamento do Centro Regional de Cultura, os quais serão comemorados no dia 8 de dezembro.

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Histórico do prédio

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O prédio centenário em estilo neoclássico levou 34 anos para ficar pronto e abrigaria um hospital, antes de ser cedido para as tropas do Império, em 1882. O espaço foi utilizado pelos militares até 1928, e depois vendido para instalação do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, que manteve as atividades escolares até 1965. O edifício foi doado ao governo gaúcho e tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado em 1983. As obras de restauro começaram em 2001, custaram R$ 3,7 milhões e foram finalizadas em dezembro de 2005, quando foi inaugurado o Centro Regional de Cultura.

Funcionamento

Atualmente os colaboradores trabalham em sistema de revezamento e com horário reduzido, mas o centro mantém o atendimento ao público, funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30. As oficinas de balé, piano, violão e artesanato estão suspensas.

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O prédio pertence ao Estado, que mantém contrato de cedência com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que administra o Centro de Cultura. No local funcionam um polo EAD da Universidade Cruzeiro do Sul, a Biblioteca Pública Municipal, a Biblioteca Infantil, o Memorial do Exército, o Conservatório de Música, sala de exposições, um auditório com cem lugares e parte do acervo do Museu Barão de Santo Ângelo.

O local se mantém com repasses da Prefeitura de Rio Pardo. “Eu sempre digo que o Centro de Cultura só está aberto graças ao apoio que a gente teve de todos os prefeitos desde que ele foi inaugurado”, afirma Tatiana. Os colaboradores são cedidos pelo poder público municipal, e a Prefeitura paga um valor mensal referente ao aluguel das salas. Outras receitas incluem o valor pago pelos visitantes e grupos de excursões, a mensalidade dos associados e o aluguel de espaço para cursos e palestras. No momento, o centro aguarda recursos da Lei Aldir Blanc para executar atividades online e, após, a retomada das atividades presenciais.

No ano passado, o Centro Regional de Cultura recebeu 24 mil pessoas, conforme relatório baseado no livro de registros. Só de turistas que fizeram visitação em 2019 foram 3 mil pessoas, de dez países e quase todos os estados brasileiros. “A gente sabe o quanto é difícil fazer cultura neste País, mas estamos conseguindo, com as parcerias e os voluntários, que administram a casa e dedicam parte do seu tempo para buscar recursos.” Tatiana apontou ainda a importância do apoio do comércio e indústria regional, que repassam incentivos e valores anuais que ajudam na manutenção, além das parcerias com a Prefeitura e o Sesc.

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