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171 anos

FOTOS E VÍDEO: famílias mantêm tradição das bolachas decoradas de Natal

Foto: Alencar da Rosa

Crianças participaram de oficina gratuita na Kaffeehaus, com parceria do Rotary Sinimbu

Uma antiga tradição do período de Natal ganhou uma demonstração na tarde dessa quarta-feira, 9, dentro das comemorações dos 171 anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães à região. A produção de bolachas natalinas segue entre muitas famílias, de geração a geração. A confecção e o processo de enfeitar estes biscoitos unem adultos e crianças em preparação às festas de fim de ano. O costume foi lembrado em uma oficina gratuita realizada na Kaffeehaus, em Sinimbu, com a parceria do Rotary Sinimbu.

A artista plástica e proprietária do Café, Silvana Bruch, que é natural de Curitiba, no Paraná, e reside há oito anos em Sinimbu, foi quem ensinou o preparo dos biscoitos. Conforme ela, desde muito cedo a influência da colonização alemã esteve presente em sua vida, inclusive na gastronomia. E um dos costumes herdados dos seus antepassados é a produção de bolachas natalinas sem mel, o Weihnachtskäkse – ou, como são conhecidos aqui, os Weihnachtsdoss. E a casinha de gengibre, um tipo de broa de mel decorada com doces, o Lebkuchen ou Lebkuchenplätzchen.

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“Casei com um homem de origem alemã e vim morar em Sinimbu. E embora minha origem seja polonesa, aprendi sobre a cultura com meus antepassados, que chegaram ao país na mesma época que os primeiros imigrantes alemães”, esclarece.

“Sou de uma família de Mamãe e Papai Noel e cresci tendo uma fábrica de brinquedos em casa, pois todos os anos meus pais tinham por hábito recolher brinquedos usados, reformar e depois distribuir às crianças carentes. Nosso Natal em família sempre teve muita magia e confraternização e foi meu avô quem me ensinou a fazer os biscoitos natalinos.”

Segundo ela, a bolacha de Natal é uma receita básica utilizada para a produção de quase todos os tipos de biscoitos. E é a mesma trazida pelos imigrantes alemães. O que muda é apenas o jeito de cada família fazer, explica Silvana.

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“Leva ovo, manteiga, farinha de trigo, açúcar e bicarbonato. Primeiro misturo os ingredientes secos e depois coloco a manteiga e o ovo e vou amassando até formar uma massa que se solta da mão. Se ficar muito lisa, adiciono umas colheradas de farinha, e no caso de ficar um pouco seca, coloco algumas colheres de água”, conta. A massa, diferente de algumas receitas, não vai à geladeira.

Após esticada, as bolachas começam a ganhar forma, algumas como árvores de natal, outras como bonecos de neve, sinos, estrelas e papais noéis. Em seguida são acomodadas em uma forma com papel-manteiga e levadas ao forno a 180 graus por cerca de dez minutos. Depois de assadas, são decoradas com glacê.

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“Para o glacê eu utilizo uma clara de ovo, 50 colheres de açúcar de confeiteiro e dez gotinhas de limão ou essência de baunilha, que serve para tirar o cheiro e o gosto de ovo. Bato na batedeira até chegar ao ponto ideal e depois divido em recipientes, onde acrescento o corante em gel alimentício. Além de saborosas, elas devem ficar bem coloridas, porque é isso que torna o Natal uma época mágica. E as crianças adoram”, diz.


A produção da casinha de mel com gengibre exige um pouco mais de dedicação e paciência. “Não tenho uma medida certa para os ingredientes. Coloco manteiga da colônia, que dá um sabor diferenciado, farinha de trigo, gengibre em pó, noz-moscada, bicarbonato, açúcar mascavo, mel e um ovo. Misturo tudo e depois da massa pronta ela vai para o freezer. Após quatro horas, ela é aberta e congelada novamente por mais quatro horas. Diferente da receita da bolacha tradicional, esta, se você não congelar, não consegue trabalhar, pois é quase uma pasta, de tão mole”, explica. Após as bolachas serem cortadas no formato de peças de uma casa, com laterais, telhado, frente, fundos e chaminé, elas são assadas também por cerca de dez minutos em forno a 180 graus.

“A montagem da casinha é pura diversão e imaginação. Vou colocando sobre uma estrutura – geralmente um pratinho descartável – peça a peça. O glacê branco funciona neste caso como uma cola quente. Depois coloco marshmallow no lado de dentro, para rechear, e no de fora para decorar. E para finalizar faço desenhos com o glacê que imitam a neve caindo do telhado”, destaca. Bonecos do papai noel e pinheiros são feitos em detalhes com pasta americana. As bolachas e as casinhas podem ser adquiridas na Kaffeehaus, no trevo de acesso a Sinimbu.

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Crianças

Acostumadas a auxiliar na produção das bolachas natalinas tanto em casa quanto na Comunidade Evangélica de Sinimbu, sete crianças entre 5 e 13 anos, do culto infantil, foram convidadas a participar de uma oficina gratuita de decoração de bolachas natalinas realizada na Kaffeehaus e ministradas por Silvana Bruch.

Acompanhadas da orientadora da Comunidade Evangélica, Anete Jackisch, ao final do curso cada criança levou para casa a quantidade de bolachas que pintou. Elas ainda aprenderam a técnica de fazer a montagem e decoração das casinhas de mel e gengibre. “Todos os anos reunimos as crianças para auxiliar na produção das bolachas juntamente com o grupo de mulheres da Oase, mas por causa da pandemia este ano não realizamos a atividade. Ficamos muito contentes com este convite”, conta.

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