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INTUBAÇÃO

Escassez de medicamentos preocupa nos hospitais da região

Foto: Alencar da Rosa

Um problema que ocorre em nível nacional também vem causando transtornos e preocupação na região: a dificuldade para encontrar e adquirir insumos para intubação de pacientes com Covid-19. Com a escassez desses medicamentos no Brasil inteiro, a baixa oferta e a crescente demanda causaram um grande aumento nos preços praticados, com alguns produtos registrando alta expressiva em relação ao que era cobrado antes da pandemia.

Essa situação já provoca transtornos no Hospital São Sebastião Mártir, de Venâncio Aires. Conforme o administrador da instituição, Luís Fernando Siqueira, existe dificuldade para aquisição de alguns itens.

“Existem grupos e categorias de medicamentos cujos fornecedores não conseguem nos abastecer conforme a demanda interna. São sedativos, mais especificamente os neurobloqueadores, para manter os pacientes relaxados do ponto de vista muscular”, afirmou, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.

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Buscando contornar essa dificuldade, as equipes médicas estão adaptando e adequando os protocolos para que seja possível manter os pacientes no nível de sedação adequado. “Neste grupo (de medicamentos) não interessa o volume de dinheiro que eu tenha: não consigo comprar o suficiente para atender a minha demanda”, explicou Siqueira.

Não fosse isso problema suficiente, os hospitais ainda precisam lidar com os preços atuais. “Nós temos um oportunismo de mercado, de empresas que estão cobrando valores que em outros momentos seriam tratados como um crime”, disse.

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Siqueira ressaltou que a alta nos preços não atinge somente os medicamentos, mas também outros insumos. “As luvas estéreis de procedimento, essas que são vendidas na farmácia da esquina. Nós comprávamos caixas com cem luvas, em 2019, a R$ 9,00 ou R$ 10,00. Hoje não se encontra por menos de R$ 90,00, com risco, inclusive, de não encontrar”, completou. Em busca de alternativas, as equipes multiprofissionais da instituição discutem soluções para cada caso diariamente.


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No Hospital Santa Cruz (HSC) a situação, apesar de crítica, está sob controle. Conforme o diretor-administrativo Egardo Kuentzer, existe a dificuldade de compra, uma vez que a demanda nacional vem sendo superior à capacidade de produção dos laboratórios. Mesmo assim, o HSC está conseguindo manter seus estoques. Egardo também chama a atenção para os valores praticados pelos fornecedores, com aumentos que ultrapassam 1.100% em determinados insumos.

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O mesmo contexto ocorre no Hospital Ana Nery (HAN). Conforme nota emitida pela instituição, existe dificuldade para a compra de insumos, especialmente os utilizados em UTI. Os estoques são pequenos, mas há alternativas para contornar uma possível falta desses medicamentos no mercado. O HAN negocia com uma distribuidora farmacêutica, o que deve garantir, a partir das próximas semanas, um fornecimento em volumes pequenos, mas regulares.

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Situação dos leitos

Ainda que o contexto da ocupação dos leitos no Rio Grande do Sul tenha apresentado melhora nos últimos sete dias, conforme levantamento feito pelo governo do Estado, esse reflexo ainda não é percebido no Vale do Rio Pardo.

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Segundo a responsável pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis, a superlotação ainda ocorre. “Nossos hospitais seguem com mais de 100% de ocupação e ainda existe fila de espera nas instituições que não possuem UTI. Essa fila não é grande, inclusive reduziu, mas continua existindo”, enfatiza.

Apesar dos 23 dias de bandeira preta, das restrições para o funcionamento do comércio não essencial e lockdown aos finais de semana em vários municípios, a macrorregião dos Vales continua com a pior situação do interior do Estado. “Ainda não estamos com nenhuma tranquilidade. Vamos aguardar. Acredito que em uma semana já se sinta essa melhora, até porque nós viemos de uma crescente muito grande e a redução é lenta”, explica Mariluci.

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