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Espaço nostalgia

FOTOS: santa-cruzense mantém coleção de papéis de carta

Jéssica Eidt, com a filha Victoria, guarda com carinho as dezenas de papéis de cartas e envelopes

Olá! Em tempos de comunicação e de interação eletrônicas, quando a internet facilitou o contato e o envio de mensagens, as cartas físicas, em papel, remetidas por Correio, resumem-se a algumas poucas situações do cotidiano. Se com as cartas ou correspondências em geral é assim, imagine-se então com os papéis de cartas e os envelopes propriamente ditos, agora cada vez mais raros de serem manuseados no dia a dia, ainda mais entre as novas gerações.

Por isso, não deixa de ser uma viagem no tempo, com saudosismo, quando se confere uma coleção como a da santa-cruzense Jéssica Eidt, tema de nossa edição de hoje. Ela guarda e preserva dezenas e dezenas de papéis de cartas e os respectivos envelopes, que foi reunindo ao longo de sua infância e adolescência. Hoje, permite que a filha Victoria, de dez anos, a mesma idade que ela própria tinha quando ganhou seu primeiro papel de carta de presente, possa ter uma ideia de como era fascinante esse universo.

E ainda vamos lembrar dos Carnavais de outras épocas; do Aquaplay, da Estrela; e de uma promoção da Nescau que espalhava muita energia e muita curiosidade na rotina da garotada.

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1 Colecionismo

Era difícil sair para o recreio da escola e não encontrar as meninas às voltas com suas pastas. Para a santa-cruzense Jéssica Aline Dickel Pereira Eidt, de 40 anos, mãe da Victoria, de dez anos, e do Augusto, de 6 meses, casada com Fernando Eidt, bancária e consultora da Mary Kay, não foi diferente. Foi de uma colega da Escola Goiás que ganhou de presente o seu primeiro papel de carta, quando tinha apenas dez anos.

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Hoje, Jéssica possui em seu acervo (ou, melhor dizendo, em sua pasta) 159 papéis de cartas e 15 envelopes personalizados. Ela nos conta que sua prima Viviane Stahl e a amiga Neíse Schoeninger se reuniam para curtir os papéis de cartas, e lembra que elas suavam para ganhar uns trocados e então ir comprá-los. Eles eram adquiridos na Panlidisc, que ficava no térreo do Hotel Charrua, ou na Papelaria Koehler, que ficava em frente ao Quiosque da Praça. “Lembro-me como se fosse hoje: entrávamos ali e os papéis de carta ficavam em duas caixas, em uma prateleira mais ou menos no meio da loja, na parede do lado direito; ia reto, ansiosa, ver o que tinha de novidades”, frisa.

Eles tinham desenhos diferentes e alguns vinham com envelope personalizado; alguns tinham desenhos famosos, como da Disney, da Família Dinossauro, da Moranguinho, e muitos outros. “Mas o que eu mais gostava eram os Ursinhos Carinhosos, que inclusive foram tema da festa de aniversário de um aninho da minha filha.” Jéssica ainda nos diz que quando era bem mais jovem pensava que, se tivesse uma filha menina, poderia ela continuar a coleção. Ao mesmo tempo, seu lado ciumento achava que ninguém cuidaria e valorizaria a coleção como ela. “Quando mostrei a pasta para a minha filha, ela achou lindo, legal, diferente… Mas não tinha o brilho nos olhos como na minha época. E ela nem me pediu para ficar com eles (risos), o que seria um instinto de criança. Então, os papéis seguem comigo. Sempre tive muito orgulho da minha coleção”, comenta.

Quando se casou, a pasta ficou por anos guardada na casa da sua mãe, junto com outros itens preciosos da infância, de que nunca quis se desfazer, nem passar adiante. “Afinal, ali estava meu pequeno tesouro. O xodó da época, guardado a sete chaves. E até hoje, quando abro a pasta, é como se estivesse abrindo o passado, abrindo um álbum de fotografias. É nostálgico, difícil de explicar com palavras, é algo mais de sentimento; parece meio sem sentido, mas olho para eles com o mesmo carinho da época.”

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2 Outros Carnavais

Neste ano não temos as folias de Carnaval. Mas vamos aproveitar o Espaço Nostalgia para lembrar das belas festas que os clubes da cidade nos proporcionavam. Lembro-me de ir ao antigo Bazar Santa Cruz para comprar meu adereço. Estou falando delas: das máscaras de Carnaval. Eram de papelão e havia um elástico para fixá-las. Havia as de vários personagens, mas o meu preferido era o Fantasma.

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3 No tempo do Aquaplay

Um dos brinquedos que movimentaram muito as crianças em tempos passados foi o Aquaplay, da Estrela. Era um divertimento que se podia jogar com um amigo ou até individualmente. O basquete, que hoje estou apresentando aqui, era para jogar com um amigo, e ganhava quem primeiro marcava os 24 pontos.

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O Aquaplay, da Estrela, foi um brinquedo que marcou época junto a muitas turmas; o basquete, da foto ao lado, por exemplo, desafiava os amigos, em duplas, e ocupava dias e dias em animadas partidas

4 Uma promoção da Nescau

Foi em 1985 que surgiu a Armação Ilimitada, um seriado da Rede Globo que fez muito sucesso. Os amigos Juba e Lula, a Repórter Zelda e Bacana eram a sensação, e foi nessa época que a Nescau lançou uma superpromoção alusiva a essa atração cultural. Dentro das latas de Nescau de 500g era possível encontrar até 30 diferentes adesivos da turma da Armação Ilimitada. Além dos adesivos, o consumidor ainda poderia descolar milhares de prêmios.

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