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Contextos

Já pensou no que te faz realizar algo? Não as tarefas diárias, que muito bem podem ser feitas no automático. Falo de coisas maiores, mais complicadas, mais trabalhosas. Situações que precisam ser construídas com tempo e que, por isso mesmo, estão sempre ao alcance de serem abandonadas. 

Quando o mundo começou a se tornar mais globalizado, já há algumas décadas, palavras como “motivação” e “determinação” passaram a ser mais frequentes no nosso vocabulário. Depois vieram o “foco” – neste ou naquele objetivo – e mais recentemente a onipresente “resiliência”. Quando tudo parece meio perdido, sempre é possível pedir que a pessoa seja “resiliente”, porque uma hora as coisas vão melhorar… São termos e expressões que podem nos ajudar, sem dúvida, no esforço de construir algo, porém são superficiais. Também nisso o mais importante seria tentar ir no que é mais básico, mais fundamental – nesse caso específico, falo do nosso cérebro e de como ele funciona. 

Há estudos indicando que somos seres de contexto. Ou seja, nossas ações e comportamentos são influenciados – mais do que conseguimos imaginar – por tudo o que nos cerca. No âmbito do que falo neste artigo, significa dizer que se quero fazer algo difícil, mais do que “força de vontade” e quetais, preciso é criar um contexto favorável. É ele que vai levar o meu cérebro a fazer o que deve ser feito, por mais dura que a situação seja. Por oposição, se não quero fazer algo, porque aquilo me prejudica, devo criar um contexto desfavorável, o que seria muito mais efetivo do que fazer força para resistir. 

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Bom, qual o motivo de tudo isso? É para falar do contexto que estamos vivendo, época de Natal e fim de ano. Independente de sua crença, ou falta dela, não se pode negar que nestas semanas, como em nenhum outro momento do ano, somos instados à solidariedade, a doar itens materiais como brinquedos e comida, ou mesmo tempo em ações solidárias. Talvez muitos se perguntem se devem participar dessas ações; afinal, não há toda uma estrutura de apoio, por exemplo, no setor público? Logo eu que sou tão ocupado, ganhando a vida e cuidando dos meus, devo ajudar?

Posso concordar que nem todos se encontram em uma posição de amparar outros do jeito que gostariam. E que, na verdade, a obrigação de estender a mão deve estar presente o ano todo, e não apenas na época natalina. Mas dentro da ideia de que somos seres de contexto, este é o melhor momento de fazer algo e, quem sabe, tornar o ato de doar um hábito. 

Para algumas crenças, de tudo o que ganhamos como fruto do trabalho, nem tudo nos pertence. Uma pequena parte é das outras pessoas, e deve ser doada. Seríamos “intermediários”, com obrigação de repassar essa parcela a seus legítimos “donos”. 

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Concorde ou não você com isso, minha recomendação é que aproveite o momento do ano e doe tudo o que puder. Aproveite o contexto.

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