Uma menina de 2 anos e 9 meses deu entrada no Hospital Vera Cruz no começo da noite deste sábado, 16, vitimada por um disparo acidental de arma de fogo, feito pelo pai. Conforme o registro feito na Polícia Civil, ela já chegou à casa de saúde sem vida. Ao ser acionada pelo hospital, a Brigada Militar foi até a casa de saúde e os policiais conversaram com a mãe da vítima, que relatou o acidente. Depois, os PMs foram até a residência da família, em Linha Alto Dona Josefa, onde o autor confirmou a situação e entregou a espingarda calibre 28, com cartucho deflagrado.

Conforme o delegado plantonista Anderson Faturi, o caso aconteceu por volta das 18h30. Ele foi acionado pela Brigada Militar, que encaminhou o pai da menina para depoimento na Delegacia de Polícia ainda neste sábado. “O que foi dito pelo pai [da menina] e por outros familiares que estavam no local é que ele estava manuseando a arma em casa e acabou atingindo a menina, limpando ou algo do tipo”, explicou Faturi. A espingarda não era registrada. “No interior é comum, o pessoal adquire armas para se defender, até de animais”, comentou o delegado.

A partir dos depoimentos e da investigação, será instaurado um inquérito policial para apurar as circunstâncias. De acordo com o delegado, tudo indica que o caso se trate de um homicídio culposo, quando não há intenção de matar. “Há quase absoluta certeza de que o que aconteceu ontem [sábado] foi uma tragédia familiar, um acidente”, disse. “Ele [o pai] e a mãe da criança estavam em estado de choque. A família está muito abalada”. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelas autoridades policiais.

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