No dia 24 de maio teve início a nona edição da semana da língua alemã no Brasil. Uma iniciativa das Embaixadas da Alemanha, Áustria, Bélgica, Luxemburgo e Suíça. A dimensão do valor desse evento para o Brasil entenderemos melhor, se contemplarmos a rica diversidade linguística nele existente, e considerarmos que, entre os diversos idiomas falados, o alemão é o segundo em número de falantes.
Para os municípios de imigração alemã, o idioma presente significa propulsor de progresso. A língua é mediadora para as relações com países de fala alemã; para o estabelecimento de coirmandade com cidades alemãs – valiosas parecerias podem ser estabelecidas para a troca de experiências e promoção do desenvolvimento nos mais diferentes setores, sejam eles culturais, educacionais, comerciais, tecnológicos, industriais, turísticos.
Existem muitas boas razões para aprender, preservar e valorizar o idioma existente. Se visibilizarmos a língua e a cultivarmos, poderemos com ela fomentar muitas oportunidades geradoras de desenvolvimento para a coletividade.
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Por falar em visibilizar o alemão, ele precisa estar presente nas decisões e divulgações governamentais, nos meios de comunicação, nas escolas, em eventos comunitários, nas instituições culturais e continuar vivamente presente nas relações familiares; precisa haver um esforço coletivo para tirar a língua da invisibilidade a que foi relegada por muito tempo.
Para incentivar quem aprendeu a língua em família e, quem sabe, despertar interesse de quem ainda não a conhece, mergulho na minha infância e de lá extraio algumas das muitas expressões formadoras de minha índole:
Wer sich nicht satt esst, leckt sich auch nicht satt – quem não se satisfaz comendo, também não se satisfará lambendo! Dizia minha wowa Lídia. Era seu modo de nos ensinar a ter modos à mesa; Para nos lembrar que sempre é tempo de aprender, dizia: Man wird so alt wie’n Kuh und lernt immer was dazu; quando algo não dava certo, eu ouvia: Mensch denkt, Gott lenkt – ser humano pensa, Deus direciona, ou seja: tudo a seu tempo, tudo está nas mãos do Altíssimo; quando eu tendia ao desânimo diante de um aprendizado difícil, diziam-me, para não desanimar: Aller Anfang ist schwer – todo começo é difícil; quando meu irmão e eu nos desentendíamos e cada qual queria ter razão, a contenda era apaziguada com: Der Klügere gibt nach – o mais sensato cede; como eu era muito curiosa e metia a colher onde não devia, por ser considerada ainda muito imatura, diziam: Du bist noch nicht trocken hinter die Ohren – ainda não estás seca atrás das orelhas; para não me vangloriar de algo, diziam: Eigenlob stinkt – autoelogio cheira mal; quando eu não cabia em mim de felicidade por algo havido, aí diziam: Die ist mal wieder auβer Rand und Band – Ela está novamente em êxtase; Ah, eu era muito distraída, vivia flutuando nas nuvens (ainda sou assim). Isso me rendia muitas advertências para que não esquecesse de algo: Schreib’ das hinter die Ohren! – escreve isto atrás das orelhas. Certamente vocês conhecem muitas outras expressões. Que tal partilharem expressões com seus amigos, com familiares ou colegas?
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Saber falar alemão é valioso, seja para viajar e mergulhar na cultura germânica, ampliar visão de mundo, inserir-se proativamente em relações de irmandade ou, quem sabe, pesquisar, estagiar, frequentar uma universidade alemã. Também para trabalhar, ler no original textos de escritores renomados, ouvir música, ver filmes… Sempre haverá uma imensidade de bons motivos para aprender a língua ou aprofundar o conhecimento.
Informações sobre a programação da 9ª Semana da Língua Alemã podem ser encontradas no site oficial do evento: www.semanadalinguaalema.com.br
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