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AUDIOVISUAL EM ALTA

Curtas da segunda noite do Festival Santa Cruz de Cinema agradam ao público

Foto: Alencar da Rosa

Na segunda noite do evento, público foi do drama ao suspense no auditório central da Unisc

Do drama ao suspense, os curtas-metragens apresentados na segunda noite do Festival Santa Cruz de Cinema, nessa quarta-feira, 25, mantiveram o público com o olhar fixado na telona. Centenas de pessoas acompanharam o evento e por pouco não voltaram a lotar o auditório central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

A primeira obra fez parte da Mostra Olhares Daqui e foi dirigida pelo estudante de Produção em Mídia de Audiovisual da Unisc, Lucas Dias. Em User, o espectador acompanha uma jovem a uma ida ao psiquiatra. Durante a sessão, ela decide revelar acontecimentos bizarros que ocorreram depois de ter encontrado um computador antigo e levado para seu quarto. Solitária, ela cria uma relação conturbada com a máquina.

Selecionado para a VI Mostra Universitária do Festival de Cinema de Gramado, a obra utiliza suspense e uma cena forte para analisar a relação com a tecnologia. “Praticamente somos reféns da tecnologia. A gente não consegue quebrar essa dependência. E o filme abre essa reflexão”, afirma Lucas Dias. Quando os créditos começaram a subir, o público quebrou o silêncio para aplaudir a obra. 

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Foi a vez de começar a Mostra Competitiva Nacional. A animação Carcinização deu o pontapé inicial com uma história envolvente sobre mudanças nas vidas de três amigos. Enquanto Liz quer alterar seu estilo musical e Mari pretende trancar a faculdade, P1 vai mais além e decide virar um caranguejo. A obra foi produzida por estudantes da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), sendo premiada no Festival de Gramado.

De Mato Grosso para o Rio Grande do Sul, o próximo curta, A Velhice Ilumina o Vento, foi outro a conquistar o público. Valda, uma trabalhadora doméstica idosa, trabalha pensando no próximo baile da terceira idade. Durante 20 minutos, o espectador se torna íntimo da protagonista enquanto ela quebra as limitações que lhe são impostas, seja pelo fato de ser uma solteira ou pela sua idade. Após muitas risadas ecoarem no auditório, o público fez questão de aplaudir a obra. 

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Tramas mais intimistas e suspense policial

Tramas mais intimistas fizeram parte dos curtas-metragens exibidos na segunda noite. Foi assim com o documentário Deus não deixa, de Marçal Viana, sobre Miguel. O jovem era conhecido como Mika Sapequinha, mas decidiu abandonar tudo e passou a frequentar a igreja evangélica. No entanto, o passado segue Miguel, que enfrenta uma turbulenta jornada de autoconhecimento.

Em Noturna, de Gabriela Poester, não foi diferente. Lúcia, de 27 anos, precisa lidar com as consequências de uma gravidez interrompida em suas relações. Além disso, passa a ser visitada por uma figura enigmática em seus sonhos. Com 15 minutos de duração, o curta gaúcho envolveu o público com seu clima de mistério e os dramas vividos por Lúcia.

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Incógnitas também marcam a trama do curta-metragem A Última vez que ouvi Deus chorar. A obra mato-grossense acompanha Maria, uma jovem trabalhadora rural que se vê diante de uma gravidez misteriosa que complica ainda mais suas batalhas internas para preservar sua saúde mental. Questões bíblicas, junto a temas como injustiça social e preservação ambiental, são abordadas em uma narrativa única. 

É a terceira vez que o diretor Marco Antônio apresenta um de seus trabalhos no Festival Santa Cruz de Cinema. “Um festival de cinema é um marco para uma cidade. E hoje ele é conhecido no Brasil inteiro e muito prestigiado. Já me sinto em casa aqui. Gosto muito das pessoas e da cidade”, relata o cineasta. “Um dos festivais que sempre me acolheu foi o de Santa Cruz do Sul. Apesar de ser novo, tenho certeza que daqui a alguns anos vai ser um dos maiores do Brasil, com muito prestígio e curadoria atenta.”

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Por fim, foi a vez de Marreta ser exibido. As tramas mais intimistas deram lugar a um suspense de ação policial, com direito a tiros, sangue e reviravoltas. Em um galpão da milícia, um em busca de vingança e outro por redenção, negociam o destino de R$ 100 mil. Mas para saírem vivos com o dinheiro dos criminosos, precisarão se unir.

Ao final da exibição, o público acompanhou um debate envolvendo os realizadores das obras apresentadas e conheceu um pouco mais sobre os desafios das produções.

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Julgamento

Agora, cabe aos jurados decidirem quais levarão o Troféu Tipuana. Pela reação positiva do público aos curtas-metragens exibidos até o momento no Festival Santa Cruz de Cinema, o trabalho deles não será fácil. Os ganhadores serão revelados nesta sexta-feira, 27, às 19 horas. 

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Entre as integrantes do júri da Mostra Competitiva Nacional está a produtora e diretora Ane Siderman. “Está sendo uma honra fazer parte do júri. É uma experiência muito rica”, diz.

A cineasta não consegue esconder a felicidade de fazer parte do festival e visitar a cidade pela primeira vez. “Foi emocionante ver 700 pessoas em um festival de curta-metragem. Foi lindo ver o cinema cheio e um público muito interessado e interagindo com os filmes.” Ela espera retornar à cidade em breve. “Já estamos analisando locações com a Film Commission de Santa Cruz do Sul para ver alguns filmes para trazer para cá. Estou encantada com a cidade. Dou parabéns a todos, pois é realmente um evento fora da curva.”

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