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GOLPE DO FACEBRICK

Delegado orienta que compradores tenham precaução ao efetuar negócios pelas redes sociais

Foto: Rafaelly Machado

Garcia: é necessário permanecer atento

Um morador de Viamão foi assaltado por criminosos na tarde do último domingo, em Santa Cruz do Sul, e teve R$ 8 mil em dinheiro roubados, além do telefone celular. Ele havia negociado ao longo do último mês a compra de uma Ford Pampa, cor vermelha, de um suposto vendedor do município. A vítima demonstrou interesse no veículo, que estava à venda nas redes sociais, em um dos chamados briques do Facebook.

A negociação avançou e seguiu para o WhatsApp. Embora o vendedor não tenha se identificado com nome, a vítima não desconfiou do golpe e marcou de vir a Santa Cruz para efetuar a compra. Quando chegou na cidade, por volta das 17h15 de domingo, recebeu uma localização via WhatsApp, que indicava o Loteamento Canela, no Bairro Arroio Grande, como ponto para realizar a transação.

Ao chegar no local combinado, foi abordado por um homem branco com tatuagens nas mãos, usando anéis. Este o questionou se seria o freguês do “Facebrick”. A vítima confirmou. Nesse momento, o golpista sacou um revólver calibre 32 e anunciou o assalto, passando a apontar a arma e exigir o dinheiro que o morador de Viamão havia trazido para o negócio, os R$ 8 mil.

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Responsável pela investigação do caso, o delegado Alessander Zucuni Garcia, titular da 2° Delegacia de Polícia, alerta para os cuidados que precisam ser tomados pelas pessoas antes de efetuarem uma negociação pela internet. “Hoje em dia, estão muito recorrentes os crimes envolvendo contatos iniciais por redes sociais. Os compradores sempre precisam tomar precauções, como tentar averiguar se a pessoa que fala com ela é proprietária do bem ofertado, até mesmo ver se tem algum conhecido na cidade para olhar o veículo e verificar a veracidade do perfil que está falando, tentando identificar pessoas para ver se é alguém conhecido ou mesmo se tem o veículo.”

O modus operandi dos criminosos já é conhecido no meio policial. Consiste em anunciar os produtos com preços muito abaixo do mercado. Durante a negociação com eventuais interessados, os golpistas exigem que, para retirar o produto, seja levado o valor cobrado em dinheiro vivo. Argumentam não aceitar depósito, alegando que já teriam caído em golpes com recibos frios.

Em novembro do ano passado, na chamada Operação Fake Brique, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) prendeu dois homens, de 23 e 32 anos, responsáveis por golpes aplicados em Santa Cruz do Sul a partir de anúncios falsos.

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Levar o dinheiro vivo ao encontro dos supostos vendedores é outro erro grave apontado pelo delegado. “Não se deve proceder dessa forma. Se vir à cidade negociar e vai fechar a compra, não custa ir até uma instituição bancária depois e transferir o valor na hora. Somente a partir daí, dar prosseguimento aos trâmites.”

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