Os italianos estão por toda parte. O que pode parecer uma constatação fortuita, remetendo ao fato de que, efetivamente, muitos descendentes hoje estão fixados nos mais diversos recantos ou rincões, acaba por ganhar contornos muito nítidos a partir de uma investigação feita por um historiador norte-americano, Mark Irvan Choate, concretizada no livro Italianos pelo mundo: uma nação emigrante. A obra acaba de ser lançada no Brasil, em tradução de João Fábio Bertonha, que igualmente assina a apresentação. São 415 páginas, sob o selo da editora Contexto, a R$ 95,00.

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Originalmente o livro foi lançado em 2008, e é mesmo oportuno que tenha chegado agora ao Brasil. Como o autor refere, somente entre 1880 e 1915, em torno de 1,3 milhão de italianos deixaram a sua terra, determinados a migrar para outras regiões no planeta em busca de melhores oportunidades de subsistir e crescer. Três nações foram os destinos preferenciais: Estados Unidos, Brasil e Argentina.

Em território brasileiro, como bem sabemos, a comunidade italiana é forte e atuante em especial em São Paulo, inclusive na capital, e no Rio Grande do Sul, onde as localidades surgidas a partir desses colonizadores posicionam-se entre as com melhor desenvolvimento e melhor qualidade de vida. A cultura, os hábitos, os costumes e as tradições, ao lado do espírito empreendedor dos italianos, mudaram para sempre a socioeconomia gaúcha e brasileira. E o livro de Choate mostra que foi assim também nas outras nações.

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