Um depósito de drogas sintéticas foi estourado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) na tarde desta quarta-feira, 29. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em um apartamento da Rua São José, no Bairro Avenida, após uma investigação que identificou o local como centro de armazenamento de entorpecentes.

Foram localizadas grandes quantidades de ecstasy, MDMA em forma bruta, metanfetamina em formato de cristal, dentre outros entorpecentes como maconha, haxixe (substância extraída das folhas da cannabis) e cocaína. Munições, facas, balanças de prisão e materiais para embalagem dos entorpecentes também foram localizados. De acordo com o delegado Marcelo Chiara Teixeira, que coordenou a operação, a investigação iniciou na metade de 2020 e, naquela oportunidade, dois jovens foram presos no mês de novembro, em outra ação da Draco.

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“Já tinhamos prendido essa dupla, que é suspeita de estar guardando essa droga nesse apartamento. Demos prosseguimento a essa investigação e agora chegamos ao local que estaria sendo usado como centro de distribuição de drogas por esse grupo criminoso, que tem como clientela as pessoas da classe alta, que é o público do traficante que comanda essa dupla investigada. Os dois acabam cooperando para ele como fachada de motoboys, quando na verdade estão fazendo o comércio dos entorpecentes”, salientou o responsável pela Draco.

“Ele tem uma clientela elitizada”, afirma Chiara sobre chefe do bando

A maneira de atuação do traficante que comanda a comercialização dos entorpecentes pela dupla também é diferenciada. “Ele não tem um bairro certo em que atua. Ele tem uma clientela elitizada, não tem boca de fumo. Quando acionam em determinado bairro, esses indivíduos que são os entregadores fazem a distribuição”, afirmou Chiara. O delegado comentou ainda a incidência de apreensões de drogas sintéticas nos últimos meses, que vêm chamando a atenção dos investigadores. “Começou a ser mais frequente esse tipo de apreensão em Santa Cruz. Também saliento a apreensão do haxixe, que não é algo comum de localizar.”

A dupla investigada não estava no local no momento da abordagem. Eles têm 20 e 24 anos e serão indiciados por tráfico de drogas. Foram presos em novembro de 2020 em outra ação da Draco. A suspeita é que os jovens estariam recebendo até R$ 10 mil para armazenar as drogas e fazer a entrega para o líder do bando. “As pessoas procuram o chefe do grupo criminoso para comprar as drogas, este repassa os contatos e o endereço para esta dupla, que faz a entrega”, complementou o delegado. O líder do grupo tem antecedentes e atualmente está em liberdade.

“É importante responsabilizar as pessoas envolvidas, mas também saliento a questão do prejuízo aos traficantes com a apreensão de drogas de valores bem expressivos. Esses entorpecentes sintéticos são caros e, por isso, hoje foi um golpe que a Polícia Civil consegue dar no tráfico com a retirada de circulação dessas drogas que estão sendo consumidas por muitos jovens”, finalizou o delegado. A Draco ainda investiga a origem das drogas sintéticas no município.

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